GUIdance: 12ª edição arranca esta semana e quer abraçar a diferença e dançar com ela

Festival Internacional de Dança Contemporânea apresenta-se em 2023 ao longo de onze espetáculos, conversas, debates, masterclasses, visitas às escolas, uma exposição e uma oficina para famílias, entre outras atividades paralelas. E tudo acontece de 2 a 11 de fevereiro, em Guimarães.

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Guimarães volta a ser capital da dança, de 2 a 11 de fevereiro, com a 12.ª edição do GUIdance. São onze espetáculos – entre estes, quatro estreias nacionais, duas coproduções e três projetos selecionados para a Aerowaves Twenty22 (rede europeia que A Oficina integra com a representação do Centro Cultural Vila Flor) -, três conversas pós-espetáculo, duas masterclasses, dois debates, visitas de embaixadores da dança a quatro escolas de Guimarães, uma exposição, uma oficina para famílias e ainda a exibição do registo integral do espetáculo “Endless”.

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A edição de 2023 do festival dá o primeiro passo já esta quinta-feira, 2 de fevereiro, às 21h30, com uma celebração onde um coletivo de pessoas trans experimenta um ritual de afetos e fábulas. “BAqUE”, de Gaya de Medeiros, é um espetáculo-concerto coproduzido por A Oficina / Centro Cultural Vila Flor que procura responder à pergunta “e se o meu corpo não viesse antes de mim, eu falaria sobre o quê?”.

Na noite de sexta-feira, 3 de fevereiro, o público depara-se com dois espetáculos nos quais que a companhia Dançando com a Diferença se junta aos coreógrafos François Chaignaud e Tânia Carvalho para apresentar as peças “Blasons” e “Doesdicon”. Em “Blasons” (Brasões), os artistas da Dançando com a Diferença comprometem-se a recuperar a dinâmica do brasão e a revertê-la. Os bailarinos não são mais os corpos estranhos, magníficos ou curiosos que passamos a observar e esquadrinhar – eles oferecem-se para nos mostrar a sua maneira de brasonar o mundo. Em “Doesdicon”, um anagrama da palavra escondido, peça concebida por Tânia Carvalho, os movimentos fixos são libertados. Criada em 2017, agora em remontagem no GUIdance, é uma criação enigmática, inspirada no corpo dos intérpretes, que procura mostrar o que muitas vezes está escondido. Segue-se uma conversa com o criador Henrique Amoedo. Na véspera, haverá um ensaio aberto dirigido às escolas de dança da região, seguido de uma conversa com a jornalista, escritora e especialista em artes performativas, Cláudia Galhós.

No primeiro de dois fins de semana atravessados pelo festival, a tarde e a noite de sábado vestem-se com três espetáculos. O público será defrontado com dois projetos selecionados para a Aerowaves Twenty22. Às 18h30, o coreógrafo, performer e cineasta italiano Jacopo Jenna apresenta “Some Choreographies”, em estreia nacional. Um diálogo entre a bailarina Ramona Caia e uma série de vídeos projetados de diferentes estilos de dança e sequências de movimentos. Pelas 21h30, abre-se espaço para mais uma estreia nacional trazida pelo coreógrafo espanhol Jesús Rubio Gamo. Dramático e extraordinariamente visceral, “Gran Bolero” traz-nos uma nova dimensão da famosa composição de Ravel. Seis bailarinos de Madrid e seis bailarinos de Barcelona juntam-se para revisitar a partitura composta por Maurice Ravel, em 1928, como se tratasse de uma transcrição orquestral de uma dança tradicional espanhola.

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A noite de 4 de fevereiro termina com “Silent Disco”, às 23h30, um espetáculo imersivo que acontece em discotecas, explorando o potencial da tecnologia das festas silent disco. Nesta peça de Alfredo Martins, o público forma uma comunidade temporária, guiada através de auscultadores pelo espaço vazio da discoteca, num trabalho que procura especular sobre a natureza do clubbing como um ato de resistência, capaz de reconfigurar formas de reflexividade, afetividade e corporalidade.

Também a partir de dia 1 de fevereiro, o público é convidado a visitar a exposição “Dança” com ilustrações realizadas para o livro com o mesmo título, escrito por Inês Fonseca Santos e ilustrado por André Letria. “Dança” é o terceiro título da coleção Atividários e fala de uma arte tão antiga como a humanidade que se renova noite após noite em cada abertura de pista. Das páginas de um livro para as pontas dos dedos das mãos e dos pés, esta oficina, criada por Madalena Marques e baseada no Atividário da Dança, do Pato Lógico, promete não deixar ninguém quieto.

Nesta edição do festival, haverá uma masterclass orientada por Jesús Rubio Gamo, a 2 de fevereiro, e outra pela Akram Khan Company, a 9. Uma experiência de trabalho criativo que permitem a bailarinos/as e alunos/as de dança de nível avançado um contacto privilegiado com alguns dos mais conceituados criadores internacionais da dança contemporânea.

No sábado, dia 4 de fevereiro, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães recebe o debate “Natureza, TRANSformação e outras práticas sensíveis: a felicidade que nos aguarda” – Parte I, às 16h00.

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