Guimarães já acolheu 110 refugiados, 50 deles são crianças

Guimarães já acolheu, até esta sexta-feira, 1 de abril, um total de 110 refugiados ucranianos, sendo que 50 deles são crianças. Os dados foram avançados pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, no final da reunião com a eurodeputada Isabel Estrada Carvalhais, que veio conhecer práticas locais de acolhimento na cidade berço.

© Joana Meneses / Mais Guimarães

Dos 110 cidadãos acolhidos no concelho, 18 encontram-se instalados no lar de Calvos, 26 no Verbo Divino, 13 alojados em casas cedidas pelos vimaranenses e 53 foram acolhidos nas próprias famílias vimaranenses, especificou o edil vimaranense.

Todas as crianças já se encontram integradas nas escolas do concelho, nomeadamente nos agrupamentos de Pevidém, Abação, Fermentões, Santo Simões, João de Meira, Francisco de Holanda e Caldas das Taipas. Domingos Bragança esclareceu ainda que já foram efetuados todos os rastreios de saúde necessários aos cidadãos ucranianos.

Destacando “a grande experiência no acolhimento de refugiados” através do programa “Guimarães Acolhe”, que também recebeu refugiados na altura da guerra na Síria, o presidente da Câmara Municipal destaca que “acolher não significa apenas alojar”. Pelo contrário, “acolher é um processo integrado que engloba a saúde, as escolas, os jardins de infância, as creches, as IPSS, com as empresas e a própria integração na cidade e no território”.

“Queremos que cada pessoa que acolhemos se sinta como um vimaranense”, destacou o autarca, acrescentando que os cidadãos recém-chegados têm sido acompanhados diariamente pela comunidade ucraniana da cidade, que tem desempenhado um papel fulcral, nomeadamente através da tradução que permite o bom entendimento entre as partes.

“Aquilo que mais ouvi na reunião com as famílias ucranianas é que não querem ser um peso para a comunidade vimaranense. Querem contribuir com as suas competências e com o seu trabalho, que lhes vai permitir obter a independência financeira que ambicionam. Nota-se, no sorriso que nos dão, um agradecimento muito sincero”, referiu o presidente da Câmara Municipal.

“Não seremos uma comunidade forte e robusta se não soubermos acolher e apoio, num momento tão difícil e de infelicidade extrema, que é aqueles que deixam as suas famílias para trás”, conclui Domingos Bragança. Guimarães ainda poderá receber mais refugiados, tudo dependerá da evolução do conflito armado nos próximos tempos.

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