Henrique Pizarro: “Chega de 30 e tal anos de partido socialista, do eu quero, posso e mando”

Candidato do Chega à Câmara Municipal de Guimarães mostra-se confiante num bom resultado nas autárquicas.

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Candidato do Chega à Câmara Municipal de Guimarães mostra-se confiante num bom resultado nas autárquicas.

© Cláudia Crespo/Mais Guimarães

Quais as suas expectativas para as eleições de domingo?

Estou muito esperançado que no domingo as pessoas vão fazer uma reflexão séria e ver que chega, chega de 30 e tal anos de partido socialista, numa situação do eu quero posso e mando em Guimarães, que a todos impinge e a todos quase obriga a andarem de mão estendida. Seja associação ou qualquer instituição em Guimarães, tem de andar de mão estendidada senão não recebem, não têm subsídio, não têm apoio.

Como está a correr a campanha?

Nós não temos dinheiro para fazer uma campanha louca, como nunca vi nos meus 62 anos de vida. Gostava até que alguém investigasse de onde vem tanto dinheiro para tanto outdoor, para tanto carro a poluir. Peço desde já um voto de castigo para essas pessoas, que estão a poluir o ambiente da nossa cidade. Eu não quero ser um presidente de gabinete, quero ser um presidente presente. Se houver um problema eu quero ir lá, saber o que se passa e sentir o que se passa.

Como surge nesta corrida à Câmara Municipal?

O Chega foi uma oportunidade por ser de direita, porque eu sou anti-esquerda. Revejo-me na política de André Ventura, sou conselheiro nacional e vivo muito isto. Somos muito criticados porque dizem que somos contra os gays ou lésbicas e contra os casais homossexuais. Mas nós não somos contra essas pessoas. Nós respeitamos e aceitamos isso, só que não os promovemos, é a nossa diferença. Promovemos a família, de um homem e mulher, em que esse casal, desse amor, vai surgir mais uma criança. É aqui que renasce a sociedade. A esquerda quer as pessoas de mão estendida. A direita quer que as pessoas trabalhem e sejam felizes. Ponto final.

“Eles vão cair porque o povo de Guimarães já está a acordar. Eu tenho sentido isso no ar, que vão cair como baratas tontas.”

Henrique Pizarro

Como avalia a perda de população do concelho nos últimos anos?

Na nossa cidade faz-se demagogia pura. Os nossos jovens saem na nossa cidade por uma razão simples: temos uma indústria que não é cativadora para os jovens que saem das universidades. Naturalmente vão-se embora porque não temos nada para lhes oferecer. Oferecemos alguns estágios profissionais, as empresas sugam-lhes esses tempos únicos e depois mandam-nos embora. Sente-se que os jovens andam tristes porque não têm uma cidade que os acolhe, só acolhe quem lhes dá votos de quatro em quatro anos. Temos um Centro Cultural Vila Flor e a 50 metros vamos inaugurar agora o Teatro Jordão, que não vai servir para mais nada do que para importar cultura. O CCVF está sempre às moscas, com artistas que vêm de fora e fazem ali uns espetáculos, 20 ou 30 por cento pagam bilhete e o resto é tudo à borla, para os amigos e os amigos dos amigos. E manter aquela estrutura custa uma fortuna anualmente e somos nós que temos de pagar do nosso bolso.

Relativamente à falta de habitação, é também um problema que identificaram?

Dizem que é preciso por transportes públicos de borla, que é preciso fazer casas sociais… mas as pessoas o que querem é que lhes baixem os impostos, que é o que estes senhores não sabem fazer. Se baixarmos os impostos, as pessoas vão ter mais dinheiro no bolso e maior qualidade de vida. E fazer mais aquilo que querem e não o que os socialistas impingem. A habitação é um problema de falta de criatividade. Temos uma Câmara tão amorfa que tenho desgosto de o Dr. Bragança estar a atuar como está, porque tem equipas tão fracas à volta dele. Não é propriamente ele que devia ser escorraçado, mas a equipa técnica que está à volta dele. Se a autarquia tivesse um pingo de bom senso, propunha aos proprietários das lojas que estão inutilizadas para as transformarem em habitações.

Domingos Bragança diz que há 3.000 novos fogos licenciados…

Não há nada. É só demagogia atrás de demagogia. Em Guimarães quando se fala de habitação social, tipo Bloco de Esquerda, querem os cidadãos de mão estendida. A Câmara e o Estado deram muitas casas às pessoas, e foram entregues novas, e as pessoas destruiram-nas sistematicamente, nunca lhes pregaram um prego ou pegaram num pincel. As casas foram entregues novas e agora as pessoas querem que a autarquia ou o Estado reforme tudo e volte a pôr novo outra vez.

Mas por alma de quem? Eu dava-as, dadas. Se têm que fazer obras, façam-nas vocês! Porque cargas de água, com os seus impostos e com os meus temos que pagar para andar a arranjar casas de pessoas que não querem saber, que vivem de mão estendida, de subsídios, nada fazem, andam de café em café. Eu acho que o município devia continuar a fazer habitação social mas para os nossos jovens, que trabalham na nossa cidade e pagam impostos e não têm condições para pagar as rendas que aqui se aplicam e com os salários que têm.

© Cláudia Crespo/Mais Guimarães

Propõem alguma mudança na política de impostos do município?

No nosso programa falamos da retirada do IMI, que é o imposto mais estúpido que pode existir à face da terra. Os inteligentes e iluminados deste país criaram esse imposto porque só conseguem buscar dinheiro a quem o tem. O Estado sabendo que as pessoas não se podem ver livres desses bens aplicam o imposto estúpido. Depois de tudo o que é imposto, taxas, IMTs, e escrituras que pagamos na hora, porque é que temos de ser toda a vida inquilinos do Estado? Por alma de quem? Isto é um roubo que fazem às pessoas.

Que propostas destaca no programa do Chega para Guimarães?

Desde logo, colocar em todas as unidades de saúde familiar consultas de oftalmologia e dentista para que as pessoas possam ter maiores cuidados. Também é importante conceder apoios às associações do concelho em função da avaliação que for feita da respetiva atividade no ano anterior e na medida em que dessa atividade resulte interesse municipal apreciável no plano social , artístico ou desportivo, eliminando-se os apoios concedidos sem qualquer critério, em função da filiação política ou partidária dos dirigentes ou de outros critérios injustos ou imorais.

Porque devem os vimaranenses votar no Chega no domingo?

Peço aos vimaranenses que me deiam a oportunidade de chegar à Câmara e melhorar isto. Tirar a maioria a estas pessoas. Obrigá-las a sentarem-se à mesa e dar uma nova esperança aos nossos jovens e nunca nos esquecemos dos mais velhos porque tenho um carinho muito grande por eles.

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