Nove meses depois da reunião de Câmara onde esteve Álvaro Costa, que apresentou as propostas que tinha para as vias que estavam identificadas, Hugo Ribeiro indagou novamente Domingos Bragança sobre o ponto da situação e se “está a ser dada a atenção devida a este problema que é crónico em Guimarães”. Para o vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães (JpG), “os problemas estão identificados: a ligação a Lordelo, nacional 105, a ligação às Taipas, nacional 101, e a ligação a Famalicão, nacional 206”.
No estudo apresentado por Álvaro Costa estava contemplada a requalificação destas vias, “Como é do senso comum e como todos os vimaranenses sentem na pele, um dos grandes constrangimentos de Guimarães, a nível estrutural, são estas mesmas vias que obrigam a que milhares de automobilistas, todos os dias, passem o seu tempo em filas de trânsito”, disse Hugo Ribeiro.
Enquanto “responsável político”, Hugo Ribeiro deu a sua opinião sobre os estudos apresentados e mostrou-se contra a solução apresentada. “Não me revejo e não acho plausível que a solução para solucionar o problema da nacional 101, apresentada pelo professor Álvaro Costa e também aqui defendida pelo senhor presidente, seja por teleférico”, frisou.
A oposição acredita que se “devem solicitar novas abordagens a esta via canal que não seja por teleférico. Ainda existem outras soluções antes de chegarmos a uma solução muito diferente, não usual”.
O presidente da Câmara relembrou que, aquando da sua apresentação, a ideia “foi criticada como estapafúrdia a possibilidade da mobilidade feita por plataforma aérea”, mas referiu que a cidade de Paris avançou com uma plataforma de teleférico.
“A questão do teleférico e destas plataformas, é que são muito caras”, disse Domingos Bragança. “Primeiro foram pensadas para vencer altitudes, mas hoje começa a pensar-se na mobilidade urbana para as cidades históricas que têm ruas muito estreitas”, explicou dando o exemplo da cidade francesa. “A cidade de Paris avançou para concurso para a instalação do teleférico na cidade. Não é para vencer altitudes, é para vencer dificuldades de arruamentos e de zonas estreitas”.
Na altura, recorde, o edil apresentou esta como uma solução que abrangia, na cidade, o seu perímetro: a estação de caminhos de ferro, zona castelo e universidade, zona do hospital e a zona de multiusos. “Isto resolvia o problema do perímetro da cidade em várias saídas entradas e também a possibilidade de ligação ao longo da 101”. Além disto, fazia ainda a ligação à estância turística que é a Citânia de Briteiros.