III Jornadas Históricas decorreram ontem no Paço dos Duques de Bragança
Evento científico contou com a participação de historiadores e investigadores nacionais e internacionais.
Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, relevou a importância deste evento científico para consolidar conhecimento sobre o passado e assim continuar a pugnar para que o dia 24 de junho seja classificado como feriado nacional.
Com a participação de investigadores e historiadores de universidades nacionais e internacionais, a terceira edição das Jornadas Históricas decorreu no Paço dos Duques de Bragança ao longo da tarde de ontem, dia 25 de junho, integrada no programa do Dia 1 de Portugal e nas celebrações do 894.º aniversário da Batalha de São Mamede. Este ano, as Jornadas Históricas foram subjugadas ao tema “Mesteres e Mesteirais na Idade Média”.
Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal de Guimarães com o pelouro da Cultura, destacou a importância deste evento científico para fortalecer o conhecimento para consolidar a efeméride do dia 24 de junho como feriado nacional. Na sessão oficial de abertura, tomaram da palavra, para além do representante do executivo, Isabel Fernandes, diretora do Paço dos Duques de Bragança, e Antero Ferreira, presidente da Sociedade Martins Sarmento. Ao início da tarde foi apresentada a revista Afonsina II 2021 – A Mulher na Idade Média.
Depois da sessão de abertura, seguiu-se a conferência “Mesteres e Mesteirais na Idade Média: entre a indústria e o artesanato”, ministrada pelo doutor Arnaldo Sousa, doutor em História da Idade Média pela Universidade do Minho e pela EHESS (Paris). Foi depois a vez de serem apresentados trabalhos ligados à cidade berço. Joana Sequeira, doutora em História, apresentou “Fiandeiras, tecelões e alfaiates em Guimarães na Idade Média”. Mariana Cabral, mestre em História pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, apresentou “O abastecimento e consumo de carne no Entre-Douro-e-Minho nos finais da Idade Média: o contributo dos carniceiros vimaranenses”. E Aires Fernandes, doutorado em História da Idade Média pela Universidade de Coimbra, apresentou “Da Pele se faz ofício: Correeiros, Sapateiros, Seleiros e dos demais que trabalham o couro na Guimarães Medieval”.
Ricardo Córdoba de la Llave, catedrático de História Medieval pela Universidade de Córdova, foi o responsável pela conferência de encerramento ao final da tarde. O espanhol apresentou a conferência “Un ofício tradicional: el trabajo de la piel (siglos XV-XVI)”. Já depois da hora de jantar, houve tempo para uma mesa redonda sob o tema “Mesteres/Zona de Couros” com a moderação da jornalista Elisabete Pinto e com a presença de José Aguiar, arquiteto doutorado em Conservação do Património, e Ricardo Rodrigues, arquiteto e chefe da divisão do Centro Histórico da Câmara Municipal de Guimarães.
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