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Ilha das Flores: “A floresta adormecida”

A ilha das Flores, provavelmente, a mais bela das ilhas açorianas, juntamente com o Corvo, integra o grupo ocidental do arquipélago dos Açores.

Flores

A ilha das Flores, provavelmente, a mais bela das ilhas açorianas, juntamente com o Corvo, integra o grupo ocidental do arquipélago dos Açores.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Raúl Brandão apelidou-a de “A Floresta Adormecida” no seu livro,  “As Ilhas Desconhecidas”, considerado ainda por muitos como o melhor livro sobre os Açores escrito por um não açoriano.

Composto por dois concelhos, de Santa Cruz e Lajes, tem atualmente, cerca de 3.500 habitantes, os florentinos, que se dedicam à agricultura, a criação de gado bovino, à pesca e, mais recentemente, ao turismo.

Batizada inicialmente de Ilha de S. Tomás, terá sido descoberta por volta de 1452, pelo navegador português Diogo de Teive.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

É fácil perdermo-nos na imensidão da beleza da Ilha das Flores, perante as montanhas verdejantes que escorrem para o Atlântico. Ficarmos boquiabertos com as lagoas e cascatas, com os miradouros, as piscinas naturais, e as flores que nos prendem o olhar. Mas, o mais importante de cada viagem que fazemos, com a simpatia e amabilidade das pessoas.

Os amantes da Natureza, encontram o paraíso na Ilha das Flores, dispondo de trilhos e caminhadas, por entre as montanhas. A ilha apresenta sete lagoas de visita obrigatória, nascidas nas depressões vulcânicas (caldeiras): a Lagoa Comprida, a Lagoa Negra, a Lagoa Seca, a Branca, a Lagoa da Lomba, a Rasa e a Lagoa Funda. A maioria envolvida por falésias bem vincadas.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

“Na minha frente entreabre-se um abismo que nos atira para fora da vida, para regiões inesperadas de sonho”

Raúl Brandão, em “As Ilhas Desconhecidas”

O Poço Ribeira do Ferreiro é deslumbrante, com as suas múltiplas cascatas, e provavelmente um dos locais mais idílicos e fotogénicos da ilha das Flores. Chama-se assim pela quantidade de ferro que as suas águas possuem, e que pintam a laranja o leito dos ribeiros por onde escorrem até à Fajã. Na Fajã Grande, merece destaque o Poço do Bacalhau, uma cascata com 90 metros de altura, cuja água verte para uma pequena lagoa rodeada de vegetação endémica.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Visitar a Ilha das Flores passa também por conhecer a sua história, e das suas gentes, e aí, claramente, merece destaque a caça à baleia. Os florentinos tornaram-se mestres nesta arte e muitos acabaram por emigrar para os Estados Unidos para se dedicarem a essa atividade.

A história está contada no Museu da Fábrica da Baleia do Boqueirão, em Santa Cruz, que nos leva numa viagem a todo o processo de caça e transformação da baleia, do cachalote, para sermos mais precisos.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Para terminarmos em grande uma viagem a esta maravilhosa ilha, nada melhor do que ir a banhos no Atlântico, nas piscinas naturais de Santa Cruz das Flores ou da zona balnear da Fajã Grande, e deliciarmo-nos com a gastronomia local, onde o peixe é, naturalmente, muito bem tratado.

Na entrevista concedida dois dias depois do seu regresso a Lisboa, quando escreveu “As Ilhas Desconhecidas”, Raul Brandão desabafou: «Os outros passaram por lá, mas… não viram os Açores». 

E ver os Açores, passa claramente por visitar a sua “Ilha de sonho”.

Boa viagem.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

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