João Costa: “Poder levar o Vitória comigo aos Jogos Olímpicos é algo que quis desde sempre”

Três recordes nacionais e um sonho de menino.

João-Costa

Terminou o Campeonato do Mundo de Natação e o nome do Vitória ficou marcado na competição que decorreu em Fukuoka, no Japão. Porque, no decorrer desta prova, o nadador vitoriano João Costa alcançou o tempo mínimo nos 100m costas para estar presente em Paris, nos Jogos Olímpicos de 2024. Um sonho que persegue desde menino.

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“Não há palavras para o que fiz e conquistei neste campeonato do mundo. Chegar aos Jogos Olímpicos era um sonho de menino e cheguei aqui na minha melhor forma para o conseguir. Fiz o mínimo e bati o recorde nacional nos 100m e ainda igualei o recorde nacional nos 50m que não é a minha melhor distância. Saio realizado com o que fiz nestes Mundiais”, disse.

Por vezes o melhor fica guardado para o fim, mas, desta vez, o nadador vimaranense começou logo a brilhar a grande altura. Os 100m, a distância em que é mais forte, foi o seu primeiro desafio em Fukuoka. Logo nas eliminatórias nadou os 100m em 53,71 segundos, três centésimas de segundo abaixo do mínimo olímpico. O excelente tempo estabeleceu ainda um novo recorde nacional e apurou-o para as meias-finais, onde se cotou como o número 16 do mundo.

Seguiram-se os 200m costas onde não conseguiu o apuramento para as meias finais e, a finalizar a sua performance individual, os 50m costas nos quais, apesar de não ter conseguido o apuramento para as meias, igualou o recorde nacional da distância com 25,28 segundos.

O atleta vitoriano competiu ainda por Portugal, juntamente com Diogo Ribeiro, Gabriel Lopes e Miguel Nascimento, nos 4x100m estilos masculinos onde foi estabelecido um novo recorde nacional nos 3.35,63, batendo a anterior marca que pertencia ao mesmo grupo de nadadores.

Uma performance de excelência do nosso conquistador que revelou que o segredo foi sacudir a pressão: “esta época acusei um pouco a pressão de fazer o mínimo para os jogos, o que fez com que não estivesse sempre ao melhor nível ao longo da mesma. Nesta prova tentei me divertir mais, indo para a prova como se fosse sozinho, como se nadasse aquilo por mim sem olhar para os outros ou para a necessidade de ganhar. E acho que foi isso que fez a diferença”, confessou ao clube.

Uma competição que João Costa jamais irá esquecer pelos recordes atingidos e sobretudo pela sua ascensão ao olimpo dos atletas mundiais. Uma ascensão que sente de forma diferente por fazê-la de Rei ao peito: “poder participar nos Jogos Olímpicos é algo histórico não só para Portugal mas também para o Vitória e é isso que me faz sentir realizado. Poder levar o Vitória aos Jogos Olímpicos comigo é algo que quis desde sempre”.

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