Jorge Santos critica obra de Tardoz do Vila
Em nota enviada às redações.
As opções tomadas para a realização da obra de Tardoz do Vila estão no centro da sua insatisfação.
Jorge Santos, ex candidato à junta de freguesia de Urgezes pela coligação Juntos por Guimarães, criticou, em nota enviada às redações, as opções da autarquia relativamente às opções tomadas para a realização da obra de Tardoz do Vila, cuja inauguração está agendada para amanhã, dia 1 de julho, inserida ainda nas Comemorações do Dia Um de Portugal.
“Tardoz do Vila, um espaço muito mais aprazível e reorganizado, mas, nem tudo o que reluz é ouro. A 9 de maio de 2017, aquando da minha primeira candidatura à Junta de Freguesia de Urgezes, dei início a uma luta para que a obra situada nas traseiras do “Centro Comercial Villa” fosse uma realidade num futuro próximo. Neste sentido, passados seis anos, venho, desta forma, parabenizar a autarquia vimaranense, na pessoa do edil Dr. Domingos Bragança, pela execução da obra neste espaço de uso público, denominado Tardoz do “Centro Comercial Vila”, começou por dizer.
“A obra em causa teve como previsão um investimento estimado de 1 milhão e 445 mil euros e, ao que tudo indica, o custo da referida requalificação já ultrapassou o valor estimado, faltando-me saber neste valor estará contemplado o valor a ser pago pelas terras adquiridas”, acrescenta.
“Todavia não posso deixar de fazer alguns reparos que me parecem pertinentes neste momento da sua inauguração. As questões que levanto enquanto deputado da Assembleia de Urgezes são as seguintes: O porquê da colocação de um tipo de material cerâmico numa zona destas, quando o mesmo acresce ao custo da obra por metro quadrado, em pelo menos, o dobro face à colocação dos normais materiais usados para este tipo de requalificação? O mesmo material de igual forma fez com que a obra demorasse mais tempo na sua realização o que por si só já é um enorme constrangimento e aumento de custos? E que garantias teremos sobre este material em termos futuros… Não será prioridade para nós gerirmos o dinheiro do erário público como se fosse o nosso dinheiro e geri-lo bem?”, questiona.
E prossegue. “A separação de Júlio César da sua segunda mulher em pompeia, eternizou uma frase que se transformou num ditado popular por todos conhecido: “À mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. E a minha chamada de atenção aqui é neste sentido, quando alguém é chamado a ocupar cargos públicos, deve levar em linha de conta a assunção das responsabilidades, a transparência dos processos e o exercício acrescido de uma responsabilidade sobre o dinheiro de todos nós”.
Jorge Santos questiona ainda a questão da funcionalidade. “Reconheço que ficou um espaço muito mais aprazível e reorganizado, mas, nem tudo o que reluz é ouro,mesmo não tendo formação qualificada para o efeito… levanto a questão da funcionalidade de uma parte da obra que procura responder a um possível maior caudal de água que poderá vir a ser provocado em tempo das chuvas, a grelha central não me parece suficiente para responder a esse propósito e por esse motivo poderá vir a provocar inundações nos armazéns e garagens deste local”
“Também devo salientar que o demorado tempo de execução desta obra (cerca de dois anos) terá provocado, no Centro Comercial Villa, a machadada final a muitos comerciantes e que mesmo com a obra pronta vão fechar os seus espaços comerciais. Juntando a conjuntura económica que o país atravessa, em especial o comércio de rua, tivemos aqui na Av. D. João IV, quase dois anos, em que os clientes (que eram já poucos) não tinham onde estacionar, para se dirigirem ao comércio do Centro Comercial Villa e artérias.
Em dois anos, acabaram por sucumbir à crise, fechando portas seis lojas de comércio do centro e mais vão a caminho nos próximos meses. O péssimo acesso e o trânsito na avenida, afetou o comércio… vetando a entrada no centro”, recorda.
A terminar, nova crítica aos autarcas. “Pediram paciência aos comerciantes, não deram foi alternativas para aguentarem as lojas. Anos de trabalho, que em poucos meses foram por “água abaixo” e ninguém os ouviu. A paciência ainda não paga contas e os clientes que foram embora, muito dificilmente vão voltar segundo ouvi alguns comerciantes”, concluiu.
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