Madrid “es llegar y sentir que ya estuviste”

Artigo publicado na edição de abril na revista Mais Guimarães.

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Quis ser contadora de histórias, saltar de cidade em cidade e apontar todos os pormenores que via enquanto conhecia outras pessoas. De máquina fotográfica e caderno às costas. Saí de Guimarães e descobri Madrid. Não é longe. Mas tornou-se casa. Apaixonei-me por ti e pela tua cultura (e desculpa tratar-te por tu). Passeavas pela Plaza Mayor, pela Gran Vía e pelo Callao. Via-te todos os dias e todos dias me sentia tão pequena enquanto vivia o meu sonho de criança. Cumpri o sonho de seres casa.

© Joana Meneses / Mais Guimarães

A cidade dos concertos, parques de atrações, multidões e das surpresas ao virar da esquina, é também a cidade da tranquilidade, dos espaços verdes e dos lugares mais bonitos. Quem diria. Há sons que não me saem da cabeça quando penso em ti. Quase podia falar numa banda sonora. O som dos mercados, das conversas dos vizinhos a altas horas da noite, do antigo Vicente Calderón, das cervejas ao pôr do sol, do dois de maio e do dia de Reis. Mas também o som da festa que não acaba e da tranquilidade do Debod.

Há quem te ame e quem não goste de ti. Não és a cidade cheia de pressa e barulho que as pessoas acreditam que és. Conheço o teu silêncio, o que dás quando precisamos. As tuas ruas tornam-se casa a cada passo. És o lugar perfeito para encontros, uma cidade de todos, mas de ninguém.

“De Madrid al cielo”, diz o ditado porque nos mostras a beleza em qualquer sítio para onde olhamos. Tens o restaurante mais antigo do mundo, em pleno coração. Tens museus que nos fazem querer ficar. Tens Goya, Picasso, Velazquez, Dalí e Miró. Tens teus e tens de fora, sabes receber.

O Atlético tem a fonte de Neptuno e o Real tem Cibeles. Tens desporto, tens adrenalina. Montanhas russas, personagens da infância, quedas e gargalhadas. Festejas como ninguém e partilhas como ninguém. Gracias a ti, Madrid.

Despedi-me de ti nas quatro torres. Com a certeza de que ia voltar. Recordei o dia em que cheguei à tua beira, à procura de uma cidade-casa-abraço. Conheci o teu dia-a-dia e as tuas pessoas. Não me despedi, confesso. Sabia que ia voltar a encontrar-te. Vi em ti os passos que devia dar. Chamartín será para sempre um lugar de encontros e tu serás sempre o destino ideal para um fim de semana, para um ano, ou para a vida.

“Si alguna vez me pierdo, no me busquéis muy lejos. Andaré por Madrid.”

Um passeio pela capital espanhola

Sair do metro na Puerta del Sol, pisar o quilómetro zero, e caminhar em direção à Plaza Mayor ou à Gran Vía. Subir ao El Corte Inglés no Callao e ver a energia da cidade. Ver o nascer do sol no Templo de Debod e o pôr do sol do parque El Retiro depois de passar pela Puerta de Alcalá. Conhecer o Prado, o Reina Sofia e o Thyssen-Bornemisza, os três museus do triângulo da arte, os salões da coroa espanhola, no Palácio Real, e a Catedral de la Almudena. Imaginar que celebramos um título em Cibeles ou na fonte de Neptuno.

Entrar na estação de Atocha e ficar deslumbrado. Passear por Las Letras, Lavapiés e Chueca. Comer churros na Chocolateria San Ginés e petiscar no Mercado de San Miguel. Arriscar no parque Warner ou no parque de Atracciones de Madrid. Subir ao Círculo de Bellas Artes e outros tantos lugares com vistas para a cidade. Conhecer a nova Plaza de España, ficar boquiaberto com o edifício Metrópolis de Madrid e entrar no Teatro Real e no Matadero.

Aproveita e deixa-te perder pelas ruas. Vais encontrar, de cada vez que lá fores, um lugar novo.

“Madrid es una excusa para contar historias.”

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