MADURO E PLENO, O PROGRAMA D’A OFICINA PARA O INÍCIO DO ANO REFLETE “UM PENSAMENTO SOBRE A CIDADE”

a vereadora referiu o caráter equitativo da oferta e lembrou que, embora a Oficina viva das verbas do orçamento municipal, consegue apresentar um programa de qualidade a preços acessíveis.

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Programa d’ A Oficina foi apresentado na Casa da Memória. Rui Torrinha mencionou uma programação “que abarca todas as artes”. A vereadora Adelina Paula Pinto destacou o carácter equitativo da oferta

Programa foi apresentado na cozinha da Casa da Memória
© Câmara Municipal de Guimarães

“Um projeto que transforma uma cidade, uma região, um país e que se expande além-fronteiras”. É este o cartão de visita do programa quadrimestral d’ A Oficina, apresentado nesta terça-feira, na cozinha da Casa da Memória. Para o diretor artístico do Centro Cultural Vila Flor, Rui Torrinha, o papel transformador do projeto “está refletido” nos quatro meses de programação que “abarca todas as artes”, concentrando todas as explorações estéticas e artísticas contemporâneas.

A apresentação do programa fez-se em volta da mesa, onde o olfato teve um papel importante. É que a viagem de descoberta pela programação de janeiro a abril 2020 desdobrou-se à medida que eram cozinhados ingredientes das múltiplas latitudes geográficas representadas na programação.

É com a aproximação destas latitudes em mente que A Oficina apresenta a primeira parte do ciclo “Perspectivas sobre o Poder”, naquela que é, segundo Rui Torrinha, “uma novidade conceptual” em torno das artes performativas. “Percebemos que as transformações no mundo estão ligadas a esta força. Quisemos criar um ciclo conceptual que aborda as diferentes perspetivas sobre o poder”, salientou o diretor artístico. Desta forma, o Centro Cultural Vila Flor vai ser casa de dois espetáculos de teatro e um circo contemporâneo. Três propostas e três olhares nesta trilogia sobre o poder, que decorre entre fevereiro e março.

Porém, antes desta descodificação, há lugar para “um clássico”: os “Encontros para Além da História”, que estão de regresso já no próximo sábado, dia 18 de janeiro. Em destaque, estará a obra “Caos e Ritmo”, do filósofo José Gil. O objetivo da sessão será “pensar os sortilégios e as tensões da criação num mundo ameaçado pelo fantasma da extinção”, descreve o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).

Fevereiro é sinal de Guidance, que, como é costume volta a instalar-se em Guimarães para a sua 10.ª edição. Em fevereiro também há espaço para a música, com a visita de M. Ward a Guimarães. O concerto assenta numa linha de programação pensada em três degraus: talentos emergentes; cantautores; e grandes concertos (a ter lugar no CCVF, e que em janeiro e março, vai ser palco de concertos de Capitão Fausto e Camané, respetivamente).

Palavra de ordem: desassossego

O Westway Lab continua a ser pé-direito da programação. Na sua 7.ª edição, o festival vai “criar enfoque sobre a criação” e, entre 15 e 18 de abril vai “intensificar a influencia da musica na vida da cidade”.

Entre a música, artes performativas, teatro e exposições também há espaço para a tradição. A Oficina vai abrir novamente formações do bordado e olaria. Durante o mês de fevereiro serão abertas inscrições para a festa de artesanato.

Esta coesão e interligação entre várias valências foi realçada pela vereadora da cultura Adelina Paula Pinto, que considera que a Oficina “atravessa uma fase de plenitude e maturidade”. “Há um pensamento sobre a cidade, uma ligação entre as várias artes”, resumiu. “Estão reunidas todas as condições para que 2020 seja um ano diferenciador”

“Não há compartimentos na vida, há um pensamento geral, integrado”, referiu, em relação à programação. Na ótica da vereadora, a programação d’ A Oficina é prova da “constante mutação” e que vai transmitir o desassossego” (“que é nosso”) a quem for ver os espetáculos. É desse desassossego que “se constroem novas coisas”

A propósito do público, a vereadora referiu o caráter equitativo da oferta e lembrou que, embora a Oficina viva das verbas do orçamento municipal, consegue apresentar um programa de qualidade a preços acessíveis.

Na sua intervenção, a vereadora mencionou também a situação do CIAJG, que se encontra sem diretor artístico, depois da saída de Nuno Faria, em junho do ano passado: “A Oficina passou por uma fase complicada, em termos de mudanças”.

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