O próximo dia 15 de abril será marcado pelos afetos e batimentos de “Miocárdio” na Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).

Músculo, batimento, tecido especial, força, bombeamento, parede, coração, potência. Tudo isto se pode relacionar com miocárdio. Mas, neste espetáculo-oficina de dança, mais importante do que isso são as emoções provocadas e trocadas pelos muitas vezes inexplicáveis sentimentos com que os afetos nos atingem, alterando a frequência dos batimentos e fazendo circular sensações (in)decifráveis no interior de todos nós.

Dirigido aos mais pequenos, a partir dos três anos de idade, “Miocárdio” é uma criação de Marina Nabais interpretada por Marina Melero, com música de Ricardo Freitas, figurinos e cenografia da autoria de Ainhoa Vidal e ilustrações de Liliana Rodrigues. Uma produção da associação cultural Marina Nabais Dança, contando com a coprodução da Alcateia/Fundação Lapa do Lobo e das Comédias do Minho.

“Dentro de nós, tudo se move: o ar, os músculos, o sangue, e muito mais. E há um lugar mais pequenino dentro de nós onde o que se move não se vê. São os sonhos, os segredos e os sentimentos”, lê-se na sinopse. Através de imagens e metáforas do coração, este espetáculo-oficina de dança, procura ser “um espaço de expressão e de partilha em torno dos afetos e emoções”.

Até 21 de abril, “Miocárdio” desdobra-se em várias sessões, na Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, destinadas a escolas e instituições do concelho de Guimarães.

Marina Nabais nasceu em Luanda, viveu no Rio de Janeiro e em Amesterdão, e reside atualmente em Lisboa. Mestre em Artes Performativas, com especialização em Teatro do Movimento, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa, tem também formação no ramo de Espetáculo pela Escola Superior de Dança, Lisboa, pós-graduação na School For New Dance Development, Amesterdão, e curso de Dança na Comunidade do Fórum Dança de Lisboa. Corria o ano de 2003 quando criou A Menina dos Meus Olhos, associação cultural, na qual desenvolveu vários projetos de dança/teatro em cocriação, até 2013, ano que nasce o seu projeto artístico em nome próprio com vários colaboradores: Marina Nabais Dança, associação cultural (MND), assumindo como objetivos a investigação, a criação e difusão de espetáculos na área do Movimento Contemporâneo, bem como a promoção de projetos pedagógicos, numa lógica de colaboração e interdisciplinaridade, com foco na consciência e perceção do corpo, bem como das suas potencialidades de movimento e o estímulo do imaginário e criatividade. Já com largo histórico enquanto coreógrafa e intérprete em articulação com diversas entidades e artistas, desenvolve ainda, paralelamente, um trabalho pedagógico, de formação para profissionais e não profissionais na área da dança, abrangendo diferentes faixas etárias e públicos diversificados.