MOTORISTAS EM GREVE APROVEITARAM VISITA DE MARCELO REBELO DE SOUSA PARA EXPLICAR MOTIVOS DA PARALISAÇÃO
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o problema é "a baixa contraproposta da ANTROP" e que iria analisar a situação.

Os motoristas do setor privado de transportes de passageiros estão em greve desde esta segunda-feira, 25 de março. A paralisação, que tem em vista o aumento salarial para 700 euros, está prevista durar até dia 05 de abril. A ANTROP (Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros) propôs aumentar os trabalhadores para os 668 euros, valor inferior ao exigido.
Esta terça-feira à tarde, em Guimarães, junto ao Paço dos Duques de Bragança, dezenas de motoristas aproveitaram a visita de Marcelo Rebelo de Sousa para mostrar o descontentamento.
Filipe Azevedo, dirigente sindical, mencionou ao Presidente da República que a situação vivida pelos profissionais é “inaceitável”. “Sabemos que há motoristas profissionais com largas carreiras, vários anos e que ganham abaixo do salário mínimo. Isto é inaceitável. A ANTROP [Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros] tem feito propostas, mas continuamos com propostas a roçar o salário mínimo. Ou seja, não aceitamos que ainda em 1999 tínhamos salários não fabulosos, mas andavam cerca de 45% acima do salário mínimo nacional e neste momento, o meu salário são 600 euros”, revelou o motorista do grupo Transdev. “Os trabalhadores estão em luta e vão continuar”, garantiu.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o problema é “a baixa contraproposta da ANTROP” e que iria analisar a situação.
Aos jornalistas, Filipe Azevedo esclareceu que os motoristas recebem cerca de 645 euros, mas trabalham mais do que as oito horas diárias. “Os trabalhadores reclamam salários dignos. Com 645 euros, aparentemente estamos acima do salário mínimo, mas estamos a falar de amplitudes de 11 e de 12 horas para receber esse salário. São homens que não têm praticamente um horário definido, não têm folgas definidas, o local de trabalho é em toda a área, como é o caso da Arriva. Há um conjunto de irregularidades que entendemos que têm que ser renegociadas. Não é com um subsídio de alimentação de 2,60 euros que conseguem ter motoristas. As empresas agora com a falta de motoristas, devido ao tipo de salários que têm, estão a ter dificuldades e a impor cada vez mais trabalho extraordinário. Isto começa-se a tornar uma anarquia, porque ninguém fiscaliza”, afirmou o dirigente sindical.
Filipe Azevedo revelou ainda que da centena de viaturas que a Arriva tem, neste momento estão a funcionar “sete ou oito”. “Póvoa de Lanhoso está sem transporte, Fafe e Vizela também. Em Guimarães vai-se vendo alguns carros que são oriundos de outros concelhos”, disse.
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