Novo Governo
Por Mariana Silva.
Por Mariana Silva, Deputada na Assembleia da República (Os Verdes) Uma nova legislatura começa e traz consigo a maioria absoluta do Partido Socialista. A Assembleia da República tem uma nova composição, que é menos plural, onde faltam dois Partidos que há décadas davam a sua contribuição para o debate e apresentavam soluções.
No que diz respeito ao Partido Ecologista Os Verdes, sabemos que fizemos o melhor que sabíamos. Temos a certeza de que foi por nossa iniciativa que nunca deixaram de estar presentes os temas de defesa do ambiente, da proteção e conservação da natureza, do bem-estar animal. Estivemos muitas vezes a falar quase sozinhos, quando tratámos o aquecimento global e os velhos do Restelo nos olhavam de lado afirmando que éramos inimigos do progresso.
Mas temos um novo Governo, que tem vindo a ser alvo dos mais diversos comentários.
É mais pequeno, mas há quem diga que ainda é grande. Tem mais mulheres, mas a percentagem é maior nos Ministros que nos Secretários de Estado. Tem caras novas e algumas surpresas.
Há quem teorize sobre as razões que assistiram a António Costa para puxar para o Governo todos os seus possíveis (pelo menos a comunicação social assim o diz) sucessores no lugar de Secretário Geral do PS e, quem sabe, na chefia do Governo.
Há quem se pergunte porque razão mudou o Ministro da Economia e há também quem afirme se não seria mais avisado que o agora Presidente da Assembleia da República se tivesse mantido na representação externa do País.
O próprio Presidente da República contribuiu para este falatório, introduzindo, fora de tempo, a questão de levar o mandato até ao fim, procurando uma certa instabilidade num mandato que tem tudo para não ter grandes novidades.
Apesar de todo este folclore a questão central é outra. Ou seja, interessa pouco, na nossa perspectiva, se os ministros são estes ou outros, até porque não seria estranho se esta composição não fosse a mesma no fim do mandato.
A questão central é saber que políticas é que este governo irá realizar. Dissemos e voltamos a dizer, o País não precisava de eleições e ainda menos de uma maioria absoluta.
O que o País precisava era mesmo de uma outra política. O Programa do Governo agora anunciado não indica nada disso. Pelo contrário, revela a insistência do António Costa de agora e destes ministros nas políticas que o António Costa de antes e os anteriores ministros quiseram impor com os resultados que, infelizmente, conhecemos bem.
As políticas que fazem falta são as que fazem diferença na vida das pessoas, mais e melhor investimento no Serviço Nacional de Saúde, garantindo a fixação de mais profissionais, garantindo o financiamento para a saúde mental, e essa mudança não se vislumbra no que foi dito pelo Governo. É indispensável valorizar a Escola Pública, garantindo os professores e outros trabalhadores em falta, mas o que se sabe é que, para o próximo ano lectivo podem faltar professores para 100 mil alunos. O que é urgente é valorizar os salários e as pensões, desde logo para que as famílias possam fazer face ao aumento dos preços, mas o Governo não dá sinais de seguir esse caminho. O que não se pode mais adiar é o reforço das estruturas públicas para proteger e conservar a natureza e o ambiente, mas disso, o Governo não quer falar.
Ou seja, enquanto alguns andam entretidos com a espuma dos dias, os problemas reais passam pelos buracos de uma rede com buracos cada vez mais largos.
E as pessoas é que sofrem em conjunto com a natureza e com os animais.
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