Por Briteiros São Salvador há uma questão que paira no ar: Qual o novo nome do Rock in Rio Febras?

Após a contestação pela empresa que detém o Rock in Rio, a organização vê-se agora forçada a alterar o nome do festival local que nega estar a praticar a “concorrência desleal” de que é acusada. Apesar das especificidades da língua portuguesa – e de efetivamente se ouvir Rock nas margens do Rio Febras -, há guerras que não vale a pena comprar.

Vasco Marques, responsável pela organização do festival e presidente da IPSS para a qual revertem os fundos angariados, a Casa do Povo de Briteiros, confessa que “nunca foi intenção concorrer com o que quer que seja, muito menos uma organização multinacional que gere um evento que nada tem a ver com o nosso”. Assim, ponderam-se as opções para alterar o nome original do festival que teve a sua primeira edição no ano passado, com a adesão de 1.500 pessoas.

“Provavelmente, o nome será escolhido pelo público”, adianta Vasco Marques ao Mais Guimarães, acrescentando que neste momento é apelidado de “aquela coisa Rock que acontece nas margens do Rio Febras a 22 de julho”.

“Rocking Rio Febras”, “Rock no Rio Febras”, “Rock at Rio Febras” ou “Rock Febras” são algumas das sugestões que circulam pelas várias redes sociais.

A organização está a ponderar reunir os “nomes mais fortes” que circulam nas redes sociais e lançar uma votação limitada. A outra opção é aguardar pela decisão até ao final do evento, mas a vontade do público será sempre tida em conta.

Para Vasco Marques a forma como a população está a reagir a toda a polémica está diretamente ligada à posição adotada pela organização. “A forma como está escrito o nosso comunicado fez com que as pessoas percebessem o que estava em causa e que não faz qualquer sentido a notificação recebida. Creio que foi uma forma divertida e descontraída de comunicar que caiu bem na comunidade”, finaliza.

Com praticamente todos os meios locais e nacionais com as atenções viradas para Briteiros São Salvador, a organização agradece o destaque que a situação proporcionou que garante não ter sido planeada. Em contagem decrescente para dia 22 de julho, espera-se agora mais de o triplo da adesão do ano anterior. O festival manterá a sua programação recheada de artistas vimaranenses, mas ajusta agora os pormenores logísticos para que “todos se sintam bem e se divirtam muito na nossa freguesia”.