O COLOSSO DE BRAGA II
Por Eliseu Sampaio.

Por Eliseu Sampaio.No serviço da cardiologia do Hospital Senhora da Oliveira, há um novíssimo Laboratório de Hemodinâmica pronto há um ano e que continua fechado. O motivo prende-se com a falta de autorização de entidades sob a alçada do Ministério da Saúde.
O motivo, digo eu, é estritamente político, e prende-se com a necessidade de alimentar o colosso Hospital de Braga. E digo mais, ao que por aí consta, mais rapidamente entra em funcionamento uma segunda sala de Hemodinâmica no Hospital bracarense, mesmo tendo assumido agora a configuração de hospital público, do que este laboratório em Guimarães.
Estão ali investidos 2,5 milhões de euros em “equipamentos de ponta”, está pronto a funcionar, com equipas preparadas e formadas. E mais, foi completamente pago por instituições, entidades, empresas e mecenas vimaranenses, num projeto dinamizado pelo Rotary Club de Guimarães em parceria com a Liga dos Amigos do Serviço de Cardiologia.
Recupero um editorial da Revista Mais Guimarães, que assinei em maio de 2014, quando se colocou em causa a perda da Maternidade do Hospital de Guimarães, citando Carlos Guimarães, ex. diretor clínico do Centro Hospitalar do Alto Ave: “Sejamos claros, para os vimaranenses o que existe neste momento é um fantasma, um fantasma que é real e chama-se “o colosso de Braga”, um hospital com um número de camas, e uma capacidade instalada monstruosa, que pode, efetivamente, a trabalhar bem, absorver a maior parte das unidades hospitalares das redondezas”.
O cenário, à época, para além da Maternidade, pressupunha a perda de um conjunto significativo de cuidados de saúde a prestar neste hospital aos vimaranenses, mas também aos fafenses, vizelenses, cabeceirenses, celoricenses e outros. Serviços que se poderiam deslocar também “para lá da Morreira”, e dos quais, como quase sempre acontece, só sentiremos falta no dia em que nós, ou algum dos nossos precisar.
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