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Oposição abstém-se na concessão dos TUG

O vereador do CDS, Monteiro de Castro, questiona a razão dos grandes operadores se terem afastado do concurso.

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A concessão dos Transportes Urbanos de Guimarães(TUG) à empresa Vale do Ave Transportes, Lda, com sede em Serzedelo, foi hoje aprovada em Reunião de de Câmara, com os votos favoráveis dos vereadores do PS e as abstenções dos vereadores do PSD e do CDS.

Foto: Direitos Reservados

A proposta de atribuição da concessão dos TUG à empresa vimaranense, Vale do Ave, decorre do concurso público que esta venceu, com uma proposta de 15 milhões e 105 mil euros. As outras concorrentes foram a Empresa de Transportes Gondomarense, Lda, com uma proposta de 18 milhões e 700 mil euros, a Bus on Tour, Lda, com a fasquia nos 23 milhões de euros e a espanhola Nex Continental Holding, Slu com a proposta mais alta, 24 milhões e 450 mil euros, aproximadamente.

O vereador Monteiro de Castro, mostrou-se muito apreensivo com esta concessão. “Embora esteja muito feliz por ter sido uma empresa de Guimarães a vencer o concurso, devemos questionar-nos da razão das grandes operadoras não ter apresentado propostas”, sublinha o vereador da oposição que mais intervenções tem feito, ao longo dos últimos dois mandatos, sobre o tema dos transportes.

Monteiro de Castro reconhece que a Câmara Municipal fez um bom trabalho ao reunir “uma equipa técnica com reconhecido mérito nacional e internacional”, que fez um bom projeto de transportes para Guimarães. “Agora era preciso encontrar quem o implementasse”, conclui o vereador democrata-cristão. “Se os principais operadores deste mercado não aparecem no concurso é porque a remuneração não era atrativa e agora há um operador local que vence por metade do preço?” – Indaga Monteiro de Castro.

Foram cinco os concorrentes iniciais, tendo um deles sido afastado numa primeira fase, quatro apresentaram propostas e venceu a mais barata, de acordo com os critérios do concurso.

“Temeu-se o pior… temeu-se que o concurso fica-se deserto”, afirmou, o presidente da Câmara Domingos Bragança. O presidente lembra que o júri é independente e que a Câmara não te intervenção na escolha do vencedor. “O vencedor tem agora que convencer o júri do concurso que, a muito breve prazo, consegue colocar a concessão a funcionar”, explicou Domingos Bragança.

Arriva fica voluntariamente fora do concurso

A atual concessionária, a Arriva, não avançou para o concurso internacional lançado pela Câmara Municipal de Guimarães e apresentou uma “declaração de não submissão de proposta”. O Mais Guimarães já solicitou à Câmara Municipal de Guimarães o acesso à referida declaração.

Ao que se sabe, a Arriva terá achado o preço base da proposta muito baixo tendo em conta o tarifário que se pretende praticar e outras exigências do caderno de encargos, como a eletrificação da frota.

Economicamente e operacionalmente um desastre”, foi desta forma que Manuel Oliveira, presidente da Arriva Portugal se referiu à ambição do presidente da Câmara de Guimarães de criar uma fronta de autocarros completamente elétrica, em junho de 2018. “Não há nenhuma rede, em nenhum país, neste momento, preparada para garantir as necessidades de serviço, com a frota de autocarros elétricos, porque eles não têm autonomia suficiente”, acrescentou na mesma altura o presidente da Arriva.

Estas poderão ser as razões pelas quais a atual concessionária e outras gigantes internacionais presentes no nosso mercado, como a Transdev, não avançaram para o concurso. “Estes operadores são quem melhor conhece o mercado, sabem fazer as contas”, alerta o vereador Monteiro de Castro.

Monteiro de Castro questiona critérios de seleção

Monteiro de Castro questiona os critérios de seleção. O vereador do CDS é de opinião que “a montante do concurso” algo poderia ter sido feito para que o preço mais baixo não fosse o único critério de escolha. “Tal como nas obras públicas de grande envergadura, o currículo e a capacidade técnica poderiam e deveriam ter sido factores a considerar”, pondera o vereador. “O preço poderia ter uma ponderação de 50 por cento e os restantes 50 seriam atribuídos aos outros fatores”, acrescenta.

O vereador do CDS teme que este processo venha a ser interrompido por, eventualmente, a empresa que ganhou a concessão não ter capacidade de cumprir os requisitos da concessão.

O vereador do CDS mostra-se altamente crítico relativamente à política de transportes que tem sido seguida pelo Município. “Gastam-se quatro ou cinco milhões anualmente em cultura para uma elite e proclama-se uma política de autosuficiência nos transportes que servem precisamente as populações mais carenciadas. As populações de freguesias afastadas como Gondomar, Arosa… não têm resposta de transportes, isto coloca em causa a coesão territorial e a questão ambiental”, afirma Monteiro de Castro.

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