Oposição critica gestão da Vimágua e Domingos Bragança revela total confiança
O Tribunal de Contas (TC) recusou o recurso dos municípios de Guimarães e Vizela, negando o visto à intenção de converter as dívidas da empresa intermunicipal de águas e saneamento, Vimágua, em capital social.

O objetivo era fazer um aumento de capital social da empresa no valor de 7,3 milhões de euros, riscando do passivo da empresa a dívida pela falta de pagamento das contrapartidas pela utilização de infraestruturas municipais.
No ponto referente à Vimágua, informação do Fiscal Único sobre a situação económico financeira, o vereador do PSD, Hugo Ribeiro abordou o tema, demonstrando preocupação quanto à situação financeira da empresa. “Se não fosse o Município de Guimarães, a Vimágua estava numa situação financeira complicada, na nossa opinião, a empresa tem sido mal administrada”, disse o vereador, no final, em declarações aos jornalistas. “Numa primeira fase, a Vimágua pede que a dívida seja integrada no capital social e o TC vem dizer que se tratava de um subsídio encapotado e chumbou. Numa segunda fase, pedem nova autorização, o TC volta a chumbar, os rácios apresentados pelo Fiscal Único denotam que a Vimágua tem uma situação financeira extremamente frágil”.
Hugo Ribeiro diz que a situação “tipifica um esgotamento da gestão do PS ao longo de 36 anos” e, na opinião da oposição, “a Vimágua, sem uma redução e custos, uma melhoria das margens e um fortalecimento da liquidez, é uma empresa que apresenta sérios riscos financeiros a curto/médio prazo”.
“É uma empresa de referência e tem toda a minha confiança”, Domingos Bragança
Mas Domingos Bragança, autarca de Guimarães, tem outra leitura. “Vimágua, o que deve, é às Câmara de Guimarães e de Vizela. O que é normal em qualquer empresa é que os sócios façam suprimentos, empréstimos à sociedade e, em determinado momento, quando veem que é para desenvolver a empresa, passam esses suprimentos a capital social. A lei 2013, em meu entender, é que está mal, não é o TC que observa a legalidade e diz que a lei não permite que os empréstimos das Câmaras possam ser transformados, em capital social”.
O presidente da autarquia assegura que tem “uma segurança e uma confiança enormes em quem gere a Vimágua, é uma boa empresa, obviamente condicionada pelo serviço público que presta”. “É uma empresa de referência e tem toda a minha confiança”, garantiu.
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