Ordem dos Médicos emite regras de seleção para cuidados intensivos

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, esclareceu que “o critério da idade não pode ser o único critério a utilizar nestas circunstâncias”.

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A situação atual levou o Conselho de Ética da Ordem dos Médicos a emitir um parecer com regras para a seleção de doentes com prioridade de acesso aos cuidados intensivos, caso não haja camas suficientes. Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, admite que esta “é uma situação absolutamente avassaladora”.

© João Bastos / Mais Guimarães

Miguel Guimarães esclareceu que “o critério da idade não pode ser o único critério a utilizar nestas circunstâncias”. “É fundamental haver uma segunda opinião, haver um consenso entre a equipa que está a tratar daquele doente”.

O bastonário lembra que “na definição de prioridades não se pode pensar apenas nos doentes Covid”. “Neste momento já estamos a decidir que doentes é que operamos ou não operamos, que doentes é que internamos através do serviço de urgência ou não internamos”, explica. 




“É uma situação absolutamente avassaladora.”

Miguel Guimarães

As recomendações surgem da preocupação dos médicos em ter de optar por doentes com maior hipótese de sobrevivência no acesso aos cuidados intensivos. 

Para a Ordem dos Médicos, os critérios para escolher quem tem ou não direito a um ventilador em cuidados intensivos “não podem ser critérios de prioridade: a ordem de chegada do pedido de admissão ou da chegada aos serviços de urgência hospitalar. Apesar de muitos dos doentes serem idosos, esta por si só, nunca pode ser usada como critério. A presença de co-morbilidades e o estado funcional dos múltiplos órgãos devem ser cuidadosamente avaliados, juntamente com a idade”, defende o Conselho de Ética.

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