Orquestra de Guimarães encerra Festival de Música Religiosa

Este sábado.

orquestra guimarães barra 10 anos

Com direção de Vítor Matos e narração de Luís Caetano, a Orquestra de Guimarães encerra o Festival Internacional de Música Religiosa, este sábado, às 21h30, na igreja de S. Francisco. Às 16h00, Miguel Jalôto atua no Santuário da Penha.

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A Orquestra de Guimarães apresenta “Sete últimas palavras de Cristo na cruz”. Haydn deixou algumas indicações numa carta sobre esta composição: “Há uns quinze anos recebi um pedido de um sacerdote de Cádiz para compor música instrumental sobre as Sete Últimas Palavras de Nosso Salvador na Cruz. Era costume em Cádiz produzir todos os anos um oratório durante a Quaresma. O efeito desta apresentação era intensificado pelo cenário que era montado. As paredes, janelas e pilares eram cobertas com panos pretos e somente um grande candelabro pendurado ao centro do teto quebrava a solene escuridão. Ao meio-dia, as portas eram fechadas e a cerimónia começava. Depois de uma breve oração, o bispo subia ao púlpito, dizia a primeira palavra e fazia um breve sermão sobre ela. Depois deixava o púlpito e ajoelhava-se diante do altar. A orquestra então tocava o primeiro Adagio. O bispo prosseguia desta maneira, dizendo a segunda palavra, a terceira e assim por diante. A orquestra seguia-se sempre à conclusão de cada discurso. A minha composição estava sujeita a estas condições e não foi nada fácil compor sete adágios, durando dez minutos cada, em sucessão, sem cansar os ouvintes; na verdade, achei impossível observar os limites estabelecidos”, lê-se.

Miguel Jalôto apresenta “Flores de Música pera o Instrumento de Tecla & Harpa”, uma única grande coleção de música instrumental impressa no Portugal seiscentista, e um dos maiores monumentos da música de tecla europeia da sua época. Foi publicada em Lisboa, em 1620, na oficina do neerlandês Pedro Craesbeeck, pelo seu compositor, o organista da Capela Real, padre Manuel Rodrigues Coelho, natural de Elvas. A recolha, que se julgou durante muito tempo ser a primeira obra instrumental impressa em Portugal, inclui, a par de várias obras litúrgicas — versos de órgão para o Kyrie, para diversos hinos (Ave maris stella, Pange lingua) e cânticos (Magnificat, Benedictus) — um conjunto enciclopédico de 24 tentos (obras em polifonia imitativa, a quatro vozes) escritos nos oito tons eclesiásticos, agrupados em três tentos por cada tom.

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