Os Musiké quiseram saber como sentem mais de 80 vimaranenses o seu centro histórico
Esta edição celebra os 20 anos da elevação do Centro Histórico de Guimarães a Património da Humanidade da Unesco
O Paço dos Duques acolheu, na noite de segunda-feira, dia 13, a sessão de apresentação da publicação “Osmusiké Cadernos 3” alusiva ao tema “Guimarães – Património Mundial da Humanidade”.
No dia em que o Centro Histórico de Guimarães celebrou 20 anos da elevação a Património da Humanidade da Unesco, foi tornado público o livro que pretende marcar a efeméride reunindo, simultaneamente, testemunhos de mais de oito dezenas de vimaranenses.
Um trabalho que, segundo Jorge Nascimento, dos Musiké, envolvido na elaboração do caderno “tentou ouvir todos: os técnicos e políticos envolvidos à data, os historiadores, os artistas, os escritores, as associações e as pessoas em geral”.
O “OsmusikéCadernos3” pretende levar-nos numa” viagem inimaginável ao Centro Histórico, ora conduzida pelos historiadores, ora conduzida pelos políticos, ora conduzida por uma associação”. São viagens poéticas, viagens diacrónicas, viagens reflexivas, viagens artísticas, viagens críticas, viagens que apontam futuro. Viagens que nos trazem sempre de volta ao mesmo local e à relação entre este património edificado e as pessoas, todas as pessoas”, diz Jorge Nascimento.
Após agradecer aos envolvidos e a todos os que contribuíram para a elaboração do Caderno, Adelina Paula Pinto, vice presidente da Câmara Municipal, disse que “o olhar plural, absolutamente livre, presente no documento é, para nós (Câmara Municipal), para quem está do lado de cá, no momento, a tomar decisões, a olhar para o presente e a desenhar futuro, fundamental”.
A vice-presidente da Câmara Municipal valorizou o trabalho desenvolvido pelos Musiké, comparando-os com “uma mulher, são multifuncionais, eles cantam, dançam, fazem poemas e escrevem. Personificam Guimarães porque têm este amor maior e este desassossego, de querer fazer coisas diferentes”, disse.
Alexandra Gesta, arquiteta, e responsável pelo projeto de requalificação urbana do Centro Histórico de Guimarães entre 1983 e 1992 e entre 1995 e 2007, da área elevada a Património Mundial da Humanidade em 2001, esteve também na cerimónia, tendo considerado “notável” ver reunidas nas 608 páginas do Caderno dezenas de autores com contributos para o tema “que é, no fundo, o sentido de pertença a este lugar”.
A arquiteta acrescentou que “cada um traz a sua memória, a sua opinião, a sua casa, o seu sotaque: A chegada do comboio a Guimarães, a história do Teatro Jordão, a história do São Crispim, Gil Vicente e a sua obra. Detalhes, por exemplo, dos alarmes do centro histórico aquando dos fogos e incêndios na cidade, o pavilhão Multiusos e as oportunidades que a sua dinâmica acolhe, o CCVF enquanto incubadora da vida cultural. Tanto caminho, tanto saber, tanta vontade de dar e partilhar”, disse Alexandra Gesta.
A responsável referiu ainda o “longo trabalho de empenhamento, rigor” que foi a recuperação do centro histórico, lembrando Fernando Távora, “mestre, que tanto contribuiu para o modelo de recuperação do centro histórico” de Guimarães, e uma carta recebida de José Saramago “entre as inúmeras cartas escritas ao centro histórico por personagens ilustres, nacionais ou estrangeiras, ao longo do processo de recuperação, e que dizia: “Em Guimarães, o tempo permite que o respirem”.
Jorge Nascimento, dos Musiké, prometeu novos Cadernos em 2022, para celebrar “os 10 anos de Guimarães Capital Europeia da Cultura, os 20 anos da vida associativa d’Os Musiké e os 100 anos da vida do nosso Vitória”, garantido que estes são projetos “plurais, coletivos, desafiadores, desassossegadores, em rede, e onde o lápis azul nunca terá lugar”.
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