OS TRAÇOS DA BIG 2019 COMEÇARAM A SER DESENHADOS ESTE SÁBADO
A Bienal de Ilustração de Guimarães iniciou com a inauguração de duas exposições e entrega de prémios. A ilustração está no centro artístico de Guimarães até ao fim do ano.

A Bienal de Ilustração de Guimarães iniciou com a inauguração de duas exposições e entrega de prémios. A ilustração está no centro artístico de Guimarães até ao fim do ano.

Uma exposição para viajarmos pelas sete vidas de alguém: ilustrador, designer, diretor de arte, comissário de exposições, professor, investigador e comissário. Uma outra que nos pergunta, incessantemente, se o que vemos é mesmo ilustração. E a ilustração passou, na manhã deste sábado, a estar no centro do movimento artístico vimaranense — e assim será, pelo menos, até ao fim do ano. A Bienal de Ilustração de Guimarães abriu-se ao público às 11h00, no Centro Internacional das Artes José Guimarães (CIAJG), com a inauguração destas duas exposições.
E estava para ser de manhã a entrega do Prémio Carreira BIG ao homem que apresenta a exposição “As sete vidas do Senhor Silva”. Jorge Silva não pôde estar presente no momento programado, mas a entrega fez-se mais tarde. O artista “multifacetado”, como o caraterizara o diretor técnico da BIG, Rui Bandeira Ramos, é também um “jovem mestre”, nas palavras de Tiago Manuel, o diretor artístico da bienal. O vencedor do Grande Prémio BIG 2019 foi o autor e ilustrador André Letria, que já este ano tinha sido galardoado pelo livro “A Guerra” com o Prémio Nacional de Ilustração. Já o Prémio BIG Relevação foi entregue a Inês Machado, da editora independente Triciclo, que se dedica à ilustração infantil. António Jorge Gonçalves, Gonçalo Viana, Maria João Worm, Mariana Rio e Nicolau venceram o Prémio BIG Aquisição 2019, destinado “à criação de um acervo municipal de ilustração portuguesa contemporânea”.
No discurso de abertura da BIG, Tiago Manuel enfatizou a importância que representa para os artistas existirem “acontecimentos desta qualidade em Portugal”. Para além disso, o diretor artístico apontou ainda a oportunidade que a BIG representa para jovens ilustradores, cujo espaço para divulgação amplia em eventos como este.
Prova de solidez
É que, com a BIG, à primeira foi de vez, ainda que Nuno Faria, no mesmo momento destinado aos discursos, tenha admitido algumas “dúvidas se a iniciativa se consolidaria”. “A segunda edição está aqui, está consolidada”, disse o ex-diretor artístico do CIAJG, como quem tira incertezas do caminho. A vereadora da cultura, Adelina Paula Pinto, admitiu que a BIG é “um friozinho na barriga”: mal tomou posse do pelouro em 2017, teve de comparecer à cerimónia de abertura da primeira edição da BIG. Dois anos depois, a vereadora apontou que, ainda que “não houvesse esta tradição” em Guimarães, tal reflete alguns resultados que a cidade tem vindo a colecionar ao longo dos tempos. Mais recentemente, Guimarães foi considerada a segunda cidade com até 250 mil habitantes que mais promove a criação de “novos empregos no setor criativo”. “Aqui promove-se cultura”, reiterou, frisando a importância de eventos como este para a cidade: “É a cultura que nos permite ter pensamentos alternativos.”

Questionar, parar e pensar. Pensar diferente também é isso, e a exposição “Ilustração ou não?”, com curadoria de António Gonçalves, apresenta uma série de obras que se diluem e questionam as fronteiras dos limites da arte. Com os contributos da Fundação Cupertino de Miranda, a exposição contempla os exercícios surrealistas de Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas e Júlio Régio. António Gonçalves questionou, numa bienal de ilustração, o que é ou não: o público parece ter ficado interessado nessa interrogação.
António Gonçalves participará ainda na conferência com o mesmo nome da exposição, integrada no ciclo de palestras “A Teia da Ilustração”, no dia 02 de novembro, às 15h00. Antes, Pedro Moura será o orador da palestra “Correr por gosto não cansa” no dia 25 de outubro, pelas 10h30. Isabel Baraona fecha o ciclo com “Estórias, as minhas e d’outros, entre desenhos e palavras” às 10h30 de 06 de dezembro. A exposição do Prémio Nacional BIG 2019 estará disponível para visita até ao final do ano, tal como as do CIAJG, mas no Centro Cultural Vila Flor. Já nos Antigos Paços do Concelho será exposta a mostra “Prémio Especial Ensino BIG 2019”, mas só a partir de 02 de novembro. Esse galardão é destinado a alunos do ensino secundário e do ensino superior do concelho. Até 28 de dezembro, o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura recebe “Dias Longos”, a exposição de João Fazenda, vencedor do grande prémio na primeira bienal.
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