Os vimaranenses são menos, mais instruídos e vivem mais
A média de idade das mães vimaranenses aumentou nos últimos 20 anos.

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No passado domingo, dia 11 de julho, comemorou-se o Dia da População. Nos últimos 20 anos, os vimaranenses são menos, têm mais instrução e vivem cada vez mais. As mulheres são mães cada vez mais tarde.

Entre 2001 e 2020, a taxa bruta de natalidade (número de nados-vivos anuais por cada mil habitantes num território) no concelho de Guimarães passou de 12,6 para 8,4. Tal como em Portugal, em que, no mesmo período, a taxa bruta de natalidade desceu de 10,8 para 8,2 , a natalidade em Guimarães caiu nos últimos 20 anos.
Cada vez há mais velhos e menos crianças
O número de pessoas com 85 anos ou mais, em 2001, no concelho de Guimarães, era 1.259. Em 2020 o número tinha subido para 3.003, um crescimento de 138,5%. O número de crianças entre zero e quatro anos, em 2001, era 10.152, em 2020 tinha descido cerca de 38%, para 6.236.

As mulheres têm o primeiro filho cada vez mais tarde
Entretanto, a idade média das mães vimaranenses, ao nascimento do primeiro filho, aumentou de 27 anos para 32,3 anos. No período homólogo, em Portugal, a idade média das mães ao nascimento do primeiro filho subiu de 27,1 para 32,2 anos.
A esperança média de vida à nascença subiu nos últimos 20 anos
A taxa de mortalidade infantil já era baixa no início do século XXI, em 2020, Guimarães pode orgulhar-se de ter um zero em mortalidade infantil. Morre-se cada vez menos nos primeiros tempos de vida e vive-se cada vez mais. Só nos últimos vinte anos (entre 2001 e 2020) a esperança média de vida à nascença no norte de Portugal subiu de 77, 1 para 81,3 anos. No caso das homens nortenhos a esperança média de vida subiu de 73,7 para 78,4, as mulheres tinham uma esperança média de vida de 80,2 anos e agora têm 83,9 anos. A esperança média de vida no Norte é muito ligeiramente superior à de Portugal, onde as mulheres que nascem hoje têm uma expectativa de viver 83,5 anos (-0,4) e os homens 80,1 anos (-0,1).
O poder de compra dos vimaranenses aproximou-se da média nacional. No ano 2000, o poder de compra per capita dos cidadãos de Guimarães era de 86% (representando 100% o valor nacional), em 2017 tinha subido para 92,1%.
Há mais gente com curso superior no Norte hoje do que havia em todo o Portugal em 2001
O número de vimaranenses com habilitações superiores subiu em flecha. Em 2001, havia 166.400 indivíduos com diploma de estudos superiores no norte de Portugal, em todo o país eram 588.400. Em 2020 há mais pessoas com cursos superiores só no Norte do que havia no principio do século em todo o país. Hoje, as pessoas com curso superior no Norte contam-se em mais de meio milhão (596.800) e no todo nacional são 1.885.200.

Mesmo com mais instrução os vimaranenses continuam a não ir às urnas
Ainda que mais instruídos, os vimaranenses não participam mais nas eleições das suas autarquias. Nas eleições autárquicas de 2001 a taxa de abstenção foi de 33,7%, no último ato eleitoral autárquico, em 2017, foram 33,3% os eleitores de Guimarães que não fizeram valer o seu direito de voto. Ainda assim, são valores melhores que os nacionais, onde, nas autárquicas de 2001, a taxa de abstenção foi de 39% e, no ato eleitoral de 2017, disparou para 45%.