“Não temos instalações onde, em Guimarães, pudesse ser realizada a passagem de ano?”, questionou Hugo Ribeiro, vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, na reunião de Câmara desta quinta-feira.

Hugo Ribeiro criticou a decisão de alterar a festa de Passagem de Ano para o Dia de Reis. “Sinceramente, nunca ninguém tinha visto uma Passagem de Ano nos Reis. Foi inédito, foi insólito”, disse.

Para a oposição, “a explicação do vereador [Paulo Lopes Silva], que diz que a decisão foi assente nas informações que havia do alerta laranja, não é genuína”. Se fosse genuína, acredita, “não tinha instalado uma cobertura no centro do Toural com os custos que lhe são associados”.

Paulo Lopes Silva, vereador da cultura, acredita que não se pode falar em “falta de criatividade” e frisa que a decisão tomada “foi uma decisão responsável”.

A solução, na opinião de Hugo Ribeiro, podia ter sido identificar “um local onde pudesse ser feita a festa da Passagem de Ano, a custo zero, como o Multiusos”. Porém, “acabaram por cancelar porque outras cidades cancelaram”.

Para o município essa não seria uma solução pois “milhares de carros iam deslocar-se” numa noite em que “todas as equipas estavam mobilizadas para emergências” relativas à meteorologia.

O vereador da cultura acrescentou ainda, que “o facto de não ser Passagem de Ano acabou por beneficiar ainda mais, porque era uma noite em que havia menos competição e os restaurantes estavam abertos”.

“É importante que estas dinâmicas que tentamos introduzir na cidade de promoção no território sejam acompanhadas por todos para que a divulgação de Guimarães seja feita pelos aspetos positivos do investimento que estamos a fazer e não pelas perceções negativas que alguns tentam criar”, frisou ao terminar Paulo Lopes Silva.