O vereador da coligação Juntos por Guimarães (JpG), Ricardo Araújo, acredita que a inclusão de Couros na classificação de Património da Humanidade “está a perder prioridade política”.

Para Ricardo Araújo “esta candidatura da zona de Couros a Património Mundial é um objetivo estratégico para Guimarães que une poder e oposição há vários anos”. Preocupado com a situação, o vereador questionou o que levou a equipa do projeto a terminar funções quando o trabalho ainda não estava concluído. “Como é que se compreende que a equipa de projeto, Gabinete de Couros, que foi criada em 2014 para coordenar e dirigir esta candidatura, tenha terminado funções em setembro de 2021?” perguntou lembrando que, em 2017, prorrogaram a validade de funcionamento da mesma.

Refere-se à situação afirmando que esta “não é meramente uma questão formal e orgânica”. A candidatura “está longe de estar concluída” e, por esse motivo, Ricardo Araújo questiona “porque razão este gabinete não continua em funções? Ou, se é para alterar a estrutura orgânica, porque razão essa alteração não foi feita antes do gabinete cessar as suas funções?” e diz ser “inadmissível que, neste momento, não saibamos qual é que é a estrutura formal dentro da Câmara que vai continuar este processo para alcançar este objetivo”.

Já Ana Berkeley Cotter diz que “o município de Guimarães continua comprometido e com o mesmo entusiasmo com esta candidatura” e esclarece que “as pessoas que estavam a trabalhar neste processo continuam e continuarão” a fazê-lo, estando a ser ponderada a “estrutura orgânica”.

“É sempre necessária uma reflexão constante e que se reflete, depois, no plano de gestão”, diz a vereadora do Partido Socialista (PS). “Quando são momentos decisórios, neste caso da questão orgânica, que não é algo que vai interferir diretamente com o processo, pode ser ponderada mediante as condições que tenhamos”, explica.