Paulo Lopes Silva: “Temos a ambição de ter uma oferta de Natal mais qualificada para potenciar visitas a Guimarães”
Guimarães tem vindo a afirmar-se como um destino de eleição para o Natal. A programação natalícia, que vai muito além das tradicionais iluminações e concertos natalícios, reflete uma aposta estratégica do município para atrair visitantes, dinamizar o comércio local e celebrar a cultura vimaranense.
Este ano, a inauguração do Guimarães Cidade Natal, para além de uma parada de Natal, contou ainda com concertos da banda das Taipas e do grupo Tetra’Acord Ensemble, num momento que reuniu milhares de pessoas no Largo do Toural. A grande novidade foi a pista de gelo, que está a ter uma adesão significativa, consolidando a cidade como um polo de animação nesta quadra festiva. Paulo Lopes Silva, vereador de Turismo e Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, partilha a visão por trás da iniciativa Guimarães Cidade Natal, destacando o papel da cultura e da colaboração com agentes locais para criar uma experiência enriquecedora.
Guimarães quer afirmar-se como uma cidade onde o Natal também acontece, certo?
Exatamente. É um caminho que temos feito ao longo dos últimos anos. Por exemplo, em 2018 o que tínhamos era apenas os concertos de natal na cidade e nas igrejas, bem como as iluminações do espaço público. Também celebrámos a Passagem de Ano aqui nas ruas com a projeção de video mapping desde 2012. O caminho que tem sido feito desde 2018 é com o objetivo de qualificar a oferta natalícia porque entendemos que é uma altura com muita procura do ponto de vista turístico, mas também para o comércio. É muito importante também nesse sentido para que as pessoas procurem o comércio do centro da cidade para fazer as suas compras de Natal e, de alguma, ir ao encontro das preocupações daqueles que trabalham neste serviço todo o ano e que se dedicam a esta área. Por outro lado, mantemos, como sempre, a preocupação com a dimensão cultural, tendo a ambição de ser um momento com uma oferta mais qualificada para potenciar que venham, cada vez mais, mais pessoas visitar Guimarães.
Este reforço que o município fez tem haver com conversas com agentes do território e do feedback que os mesmos lhes foi passando relativamente à importância deste investimento nesta altura?
Claramente, houve uma visão estratégica, do ponto de vista de olhar para o Natal como um período diferente. É um trabalho que outros municípios também estão a fazer, portanto, há aqui um grande procura por competir pela atratividade e pela projeção de cada uma das cidades. Mas ao mesmo tempo, isto faz parte da nossa forma de estar na política com escuta ativa e perceber quais são as necessidades do território e as reflexões que vamos fazendo coletivamente com as entidades e a população. Até porque nós temos a ambição de melhorar tudo aquilo que fazemos de ano para ano. Tudo aquilo que fazíamos até 2018 não abandonamos, só queremos acrescentar.
Esses espetáculos são muitas vezes oferecidos à população pelas entidades que estão no território, de por, exemplo, artistas vimaranenses. É uma outra preocupação que assim continue?
Procuramos cada vez mais que seja assim. Não deixamos de ter um ou outro concerto com um artista nacional. Mas é uma altura do ano que procuramos o talento vimaranense e também há muitos músicos, artistas e associações que procuram oferecer concertos especiais e de prepará-los para esta altura do ano. Por isso, temos tido a preocupação de cada vez mais, ter esses artistas locais pelo seu mérito e brilho que trazem a estes concertos. Depois também alguns desses momentos que são organizados pelas entidades e que o município apoio. Olhamos sempre para a programação desta altura de Natal como uma projeção do território e não apenas do ponto de vista municipal.
Vemos algumas vilas que vão tendo as suas atividades. Têm o apoio do município?
A vila Natal de Pevidém e das Taipas têm feito já há algum tempo o pedido de apoio municipal e já há alguns anos que têm este financiamento. A vila Natal das Taipas, pela ambição e pela projeção que teve nos últimos anos, optamos por integrá-la nos projetos culturais de interesse municipal e, por isso, é um apoio regular. Mas é natural que estes centros mais urbanos tenham uma preocupação de ter estas atividades de Natal. Cada uma das freguesias tem o seu programa e a sua atividade de Natal. Mas quanto mais urbano for o centro dessa unidade do território, mais ambição tem. Falamos muito desta dinâmica comercial do centro da cidade na programação de Natal, mas não podemos descurar que o centro da vila de Taipas, Brito ou Pevidém também têm, essas dinâmicas naturais de urbanidade. É natural que exista essa procura e o município também tem estado atento a isso e tem estado a apoiar.
Que momentos destaca desta Guimarães Cidade Natal?
Do ponto de vista, da mudança estratégica, não deixaria de dizer o momento da abertura porque foi um momento muito procurado e onde tivemos uma parada de Natal muito bem vista de todos. Depois tem estado a ser muito visitado também, a pista de gelo, que tinha sido uma discussão ao longos dos anos. Mas também o videomapping do Largo da Misericórdia, que é interativo e cada um pode selecionar a forma como quer pintar a fachada da Igreja da Misericórdia e da Santa Casa da Misericórdia. Do ponto de vista da diversidade, eu diria que estes são os três grandes do momento. E em breve anunciaremos o programa do Ano Novo que terá um concerto ao vivo que é distintivo relativamente aos últimos anos onde teremos dj’s e animação à meia-noite. Essa animação da meia-noite também será distinta daquilo que fizemos nos últimos anos com fogo da artificio e momentos interativos com as pessoas. Convidamos todos os vimaranenses e aqueles que nos visitam a passarem para o ano de 2025 no Largo do Toural e a verem o nosso tradicional concerto de Ano Novo com a Orquestra de Guimarães, que já faz parte das tradições de todos os vimaranenses.
Como vereador do Turismo e da Cultura de Guimarães, quer que as pessoas se orgulhem do Natal na cidade berço?
Sem dúvida, este contexto em que estamos no Posto de Turismo e a forma como o preparámos para recebermos visitas nesta altura, mostra precisamente essa dimensão do orgulho que temos naquilo que são os nossos valores, os nossos produtos, as nossas empresas. É o caso dos vinhos de Guimarães, os têxteis, as cutelarias e todos os projetos culturais. É tudo isto que queremos mostrar e valorizar a quem nos visita nesta altura, sentindo o espírito de natal à luz daquilo que são os valores de Guimarães.
Que este seja também um momento cultural distintivo a programação que Guimarães tem para apresentar. Quer também convidar os vimaranenses a visitar esta Guimarães Cidade Natal?
Sim, quero deixar esse convite a todos os vimaranenses e todos aqueles que nos visitam a conhecer esta cidade natal. Uma cidade berço, uma cidade de nascimento onde queremos também celebrar o nascimento de Cristo com estas festividades alargadas a todas as crenças de Natal no centro da cidade. Queremos convidar todos a virem, a fazerem compras nas nossas ruas, a fazerem as suas refeições nos nossos restaurantes e a comprarem os nossos produtos e a sentirem a magia no natal na nossa cidade natal.
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