Esta quinta-feira, a Direção da Organização Regional de Braga do PCP dinamizou uma viagem simultânea em comboio e de bicicleta entre Braga e Guimarães.

João Oliveira, de 65 anos, fez o trajeto em bicicleta em apenas 01h15. De comboio, com passagem por Lousado, Torcato Ribeiro, membro da Assembleia Municipal de Guimarães, e Bárbara Barros, vereadora da Câmara Municipal de Braga, demoraram um total de 02h18. Ao Mais Guimarães, referiram que a viagem contou com atrasos, algo que também “já é habitual”.

Apesar do partido já ter dinamizado a atividade antes, esta foi a primeira vez que o trajeto foi feita simultaneamente em bicicleta, pela estrada nacional. O objetivo passou por afirmar a proposta de ligação ferroviária directa entre Braga e Guimarães, que voltará a ser apresentada no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2023.

A votação da proposta do PCP será também “um momento de clarificação do compromisso com o desenvolvimento regional dos deputados do PS, PSD, CHEGA e IL eleitos pelo distrito de Braga”, pode ler-se em nota enviada às redações.

Na proposta está ainda incluída a necessidade de fechar a malha entre as cidades do quadrilátero – Barcelos, Famalicão, Braga e Guimarães. É uma medida que nos parece agora reforçada, uma vez que sabemos que vai existir uma ligação de alta velocidade. Se nós não tivermos esta ligação ferroviária, Guimarães fica arredada do acesso à alta velocidade com a brevidade que temos direito também”.

Relativamente ao estudo de apoio à decisão para a interconectividade de Guimarães com a rede ferroviária de alta velocidade, apresentado ao executivo municipal por José Mendes, Torcato Ribeiro diz esperar que esta não seja “mais uma proposta para a gaveta”.

“O que nós reparamos é que há muita unanimidade local em relação a esta necessidade, mas, quando é para votar estas propostas na Assembleia da República, esta unanimidade desaparece”, adiantou.

A seu ver, a proposta que envolve as Taipas tem o benefício de “ir buscar um núcleo bastante importante, que é o AvePark, e fazer uma nova ligação. O que é preciso é que os estudos sejam feitos devidamente e, sobretudo, que sejam concretizados”, acrescentou o membro da Assembleia Municipal de Guimarães.

Já Bárbara Barros enalteceu que a ligação ferroviária entre as duas cidades seria uma mais valia para a população, que ficariam “mais bem servidas”.

“Não se compreende como é que Braga e Guimarães, unidas por polos universitários e por muita gente que trabalha e vive entre as duas cidades, não estão unidas pela ferrovia. Aliás, nós somos os únicos a fazer este trajeto porque ninguém usa o comboio entre Braga e Guimarães”, garantiu.