Os professores realizam na segunda-feira, dia 4 de outubro, uma greve nacional para exigir o retomar de negociações sobre a situação profissional dos docentes.

A decisão de avançar para uma greve nacional foi tomada a 17 de setembro, durante uma vigília organizada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), explicou em comunicado o sindicato que convocou a paralisação. As reuniões exigidas têm como objetivo discutir a avaliação e progressão na carreira docente, a aposentação, os concursos de professores e as alegadas ultrapassagens de professores com o mesmo tempo de serviço no momento das colocações nas escolas.

Júlia Azevedo, presidente do SIPE, antevê “uma grande adesão por parte dos professores a esta greve nacional”, dizendo que nos últimos dias o sindicato tem assistido “a uma grande mobilização, que comprova que os professores estão determinados a lutar pelos seus direitos”. Para Júlia Azevedo, os “dois anos de silêncio, sem que seja dada qualquer resposta aos professores, é uma falta de respeito por quem se desdobrou em esforços durante a pandemia”.

A presidente do SIPE afirmou que os docentes estão “cansados de esperar e de não ver o seu esforço e dedicação reconhecidos pelo Governo”. “Neste ano letivo vão endurecer a sua posição até que sejam ouvidos”, destacou.

Para o dia 5 de outubro está já agendada uma manifestação naquele que é também o Dia Internacional do Professor.