A falta de condições e sobrelotação do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Guimarães foi um dos temas abordados na reunião de câmara desta quinta-feira, 6 de julho.

Depois de em 2019 o município ter anunciado obras de ampliação que nunca saíram do papel, Bruno Fernandes, vereador da Coligação Juntos por Guimarães, não considera admissível que o município tenha demorado quatro anos a ter o projeto pronto e que, depois de concluído, não haja certeza de recursos financeiros para o concretizar.

“O município está a empurrar o problema com a barriga, não sabemos quando é que isto vai ter uma solução. E lamentável que um município que ambiciona ser Capital Verde Europeia continue a ter o seu canil/gatil lotado e não tenha uma política para os direitos dos animais”, afirmou Bruno Fernandes, vereador da Coligação Juntos por Guimarães aos jornalistas.

Assim, considera que estes anos de atraso representam um “prejuízo para os vimaranenses e para a saúde pública” uma vez que “os animais errantes já se tornam um problema em muitas freguesias por falta de uma resposta municipal”.

Sofia Ferreira, vereadora das Obras Municipais, confirmou que o projeto foi finalizado no final de junho e está agora em apreciação pelos serviços municipais para desenvolvimento do processo de abertura de empreitada.

“Este é um compromisso assumido e será cumprido até ao final do mandato”, garantiu Sofia Ferreira elencando as dificuldades registadas na elaboração do projeto de ampliação, nomeadamente o facto de pertencer a uma área de reserva agrícola.

No decorrer da reunião do executivo, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, concordou com a necessidade de uma resposta urgente para os animais errantes do concelho e realçou as dificuldades encontradas na elaboração do projeto.