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PSD CRITICA ATRASO NA ABERTURA DA SALA DE HEMODINÂMICA

A unidade de cardiologia de intervenção e diagnóstico continua sem funcionar — e representa um custo de 2,5 milhões de euros de investimento por mecenas.

HOSPITAL
© Eliseu Sampaio

O PSD lamentou, esta manhã, o atraso na abertura do Laboratório de Hemodinâmica do Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães (HSGO), que está prontO desde outubro do ano passado. A unidade de cardiologia de intervenção e diagnóstico continua sem funcionar — e representa um custo de 2,5 milhões de euros de investimento por mecenas.

Na reunião municipal, no período antes da ordem do dia, o vereador social democrata Bruno Fernandes explicou que o assunto “preocupa a comunidade, que não entende que, depois do contributo e da solidariedade, o serviço não esteja disponível”.

Um ano depois, falta o ultimar dos pareceres que duas entidades, a ARS Norte e a ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde], têm de emitir para que a unidade, onde doentes que sofreram enfartes poderão ser tratados, comece a funcionar. “A responsabilidade é do Governo, que tem competência de autorizar o funcionamento”, explicou o vereador da coligação Juntos por Guimarães .

O vereador recordou que o investimento realizado há cerca de um ano resultou de um esforço de cidadania dos vimaranenses. “É uma preocupação que será de todos e tentámos perceber se a autarquia tinha alguma informação para tranquilizar os vimaranenses, mas não há grande informação, apesar dos esforços que têm sido feito no sentido de obter essas informações”, afirmou.

Nesse sentido, o PSD quis deixar “um protesto ao Governo por de facto adiar a abertura de uma sala fundamental para a resposta aos cidadãos, não apenas aos vimaranenses, pois este é um hospital regional.  Está aqui um serviço fundamental. Faz algum sentido que depois do investimento de vários milhões de euros esse equipamento não esteja ao serviço da comunidade?”, questionou. Bruno Fernandes acrescentou que “a comunidade está revoltada com situação, porque fez um esforço que não lhe cabia e para além de ter feito esse esforço que não lhe cabia, quem beneficiou do investimento não o coloca ao serviço da comunidade. Há aqui incompreensão para com o Ministério da Saúde que, tendo um equipamento desta qualidade e necessidade, não o coloca ao dispor de quem precisa dele”.

Tendo o presidente da autarquia vimaranense estado ausente da reunião municipal, devido a um imprevisto, a resposta surgiu por parte da vice-presidente, Adelina Paula Pinto, que fala num “problema que nos une e preocupa como vimaranenses”. “Não faz sentido os doentes estarem em situação de risco e serem encaminhados para outros hospitais, como não se reconhecer este esforço maior de cidadania se tem feito”, afirmou.

Adelina Paula Pinto garantiu ainda que o presidente do município tem acompanhado o assunto de perto, junto do Ministério da Saúde e da administração do Hospital. “Sendo uma área que não é da nossa gestão, aquilo que podemos fazer é pressão política, que é aquilo que o senhor presidente tem vindo a fazer. Os últimos meses não foram fáceis pelas eleições. Penso que já tem uma reunião marcada com a Ministra da Saúde, para ver efetivamente como e quando podemos pôr aquela sala a funcionar”, acrescentou.

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