A União de Restaurantes do Minho interpôs, esta quinta-feira, dia 28, uma providência cautelar exigindo o encerramento do restaurante da Assembleia da República, durante o período que estabelecimentos do ramo “estiverem impedidos de abrir”.

O decreto do Governo que regulamenta o novo estado de emergência devido à pandemia de covid-19 entrou em vigor às 00h00 do dia 15 e decorre até 30 de Janeiro e prevê o encerramento e da restauração. A única forma destes estabelecimentos se manterem a laborar é em regime de take-away ou com entregas ao domicílio.

A Nordigal – Indústria de Transformação alimentar, S.A., empresa que explora o restaurante da Assembleia da República foi excecionado e autorizado a funcionar para “responder, durante o mês de Janeiro, às necessidades, em particular, de deputados que, estando deslocados, têm dificuldade em encontrar soluções para jantar”.

“Entendemos que os excelentíssimos senhores deputados não são nem mais nem menos que todos os outros trabalhadores que procuram um restaurante para satisfazer exatamente as mesmas necessidades”, afirma Tiago Carvalho, representante da União de Restaurantes do Minho.

“O exemplo tem um efeito sanitário e devia vir de cima, por isso, se é pedido aos cidadãos que encontrem alternativas, o mesmo deviam os senhores deputados fazerem”, acrescenta Tiago Carvalho.

Para Tiago Carvalho “se a restauração e os restaurantes são um foco de infeção ou transmissão da infeção”, os deputados colocam-se em risco e podem tornar-se agentes de contaminação.

A associação que apresenta esta providência cautelar sublinha que “desde o início da pandemia a restauração tem sido uma área particularmente afetada e que estão em causa milhares de postos de trabalho e situações sociais muito complicadas”. Para a União de Restaurantes do Minho, “ou todos podem, ou não pode nenhum”.

A União de Restaurantes do Minho junta estabelecimentos de todos os concelhos minhotos.