A convicção era de que, em 2023, Guimarães teria a sua primeira praia fluvial, mas tal não aconteceu. A Agência Portuguesa do Ambiente chumbou, novamente, o pedido de classificação da Praia Seca como água balnear.

Este foi precisamente um dos temas discutidos na reunião de Câmara da passada quinta-feira. Hugo Ribeiro, vereador da Coligação Juntos por Guimarães, afirmou que este resultado representa “uma surpresa”, especialmente por nos encontrarmos numa altura em que a Câmara Municipal está a encetar a segunda candidatura a Capital Verde Europeia.
Na sua visão, “não deixa de ser paradigmático que as Taipas tenha ganho o reconhecimento pela qualidade das águas e nós, que pretendemos ser Capital Verde Europeia, nem uma praia fluvial conseguimos classificar como praia balnear”.
Lançando o repto para que o município abrace esta causa e assuma o compromisso de tornar a Praia Seca na primeira praia classificada do concelho, Hugo Ribeiro lembrou que a falta de qualidade da água nestas praias leva a que os cidadãos se dirijam a outros territórios para usufruírem destes recursos naturais.
Na sua resposta, Domingos Bragança enalteceu o trabalho desenvolvido pela Junta de Freguesia de Caldelas, que está a contar com o apoio de outras entidades tais como a Vimágua e o Laboratório da Paisagem. A autarquia local vai solicitar a reapreciação do processo.
Recorde-se que a primeira candidatura foi submetida no ano de 2020, logo após a requalificação do Parque de Lazer. Em outubro do ano passado, a Junta de Freguesia revelou que os primeiros resultados foram “muito animadores” e lembrou que a “qualidade da água não é o único critério a ter em conta” e que “a atribuição de novas zonas balneares e o resultado final depende da APA que tem sido muito exigente na atribuição de novas classificações”.