Teatro Oficina recebeu utentes do Lar da Venerável Ordem Terceira de São Francisco
Esta semana, o Teatro Oficina fez uma pausa nos ensaios da nova criação e "encheu-se de vida", numa sessão de teatro com o Lar da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Guimarães.
Esta semana, o Teatro Oficina fez uma pausa nos ensaios da nova criação e “encheu-se de vida”, numa sessão de teatro com o Lar da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Guimarães.
A sessão estava marcada para as 11h00, mas começaram 20 minutos antes da hora marcada, “tal era a vontade de experimentar estar num teatro e experimentar fazer teatro”, lê-se nas redes sociais do Teatro Oficina.
Depois de aquecido o corpo e a voz, fizeram uma leitura de “A Gota de Mel”, de Léon Chancerel. “Ainda bem que começámos mais cedo, pois acabámos por conseguir encenar a primeira cena da peça”, contam.
Para a maioria destas pessoas, foi a primeira vez que entraram num teatro, seja para ver ou para fazer. “O que começou como algo desconhecido, rapidamente se tornou familiar. Afinal, mesmo sem conhecermos teatro, sabemos jogar, brincar, escutar e devolver”.
“Os que sabiam ler tomaram o lugar de ponto a cada um dos atores que ali se estreava, e que repetiam as palavras que ouviam, transformando-as em vida, sob o olhar atento dos colegas que prefiram assistir. Mas mesmo esses, na plateia, sabiam qual era o seu papel. Reagiam se a cena não ia com o ritmo certo, riam, escutavam e imaginavam em conjunto. Explicámos-lhes o significado de muita merda, e gritámo-la, para afastar o nervosismo de nos expormos uns para os outros”, explicou Sara Barros Leitão, diretora artística do Teatro Oficina.
Para Sara Barros Leitão, este foi um momento de se deixarem “ocupar de novas vidas e primeiras experiências”. Os utentes do Lar da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Guimarães “ocuparam o palco, a plateia, e encheram o espaço de gargalhadas e alguns nervos”, recorda nas suas redes sociais.
“Passaram mais de seis meses desde que comecei a habitar este espaço. Faltam menos de seis para me despedir. E deste meio ano que me falta não desejo menos do que isto: ocupar e ser ocupada destas experiências, encher o espaço de vida, sonhos, possibilidades e imaginação”, termina a atriz e encenadora.
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