“Temos produtos diferenciados que gostávamos que Portugal, a Europa e o mundo conhecessem”

O traje verde que foi empossado pela primeira vez pelos novos confrades vimaranenses, que neste domingo foram entornizados, está cheio de simbolismos.

Confraria

Neste domingo, decorreu o “Primeiro Capitulo” da confraria Terras de Vimaranes.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

No Paço dos Duques de Bragança, cerca de sete dezenas de vimaranenses, sobretudo empresários da restauração e da hotelaria, produtores de vinhos e de outros produtos autóctones locais, bem como doces conventuais, chefes de cozinha, enólogos, presidentes de junta de freguesia e detentores de outros cargos públicos, foram entronizados perante o olhar atento de membros de cerca de três dezenas de confrarias que, do norte ao sul do país, Madeira ou até da Galiza, se deslocaram à cidade-berço para presenciarem este momento.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

O traje verde que foi empossado pela primeira vez pelos novos confrades vimaranenses, que neste domingo foram entronizados, está cheio de simbolismos. Desde logo, o logótipo da Confraria destaca-se no traje ao revelar o Padrão do Salado, importante monumento do centro histórico vimaranense, a cantarinha dos namorados, em couro, manifesta as tradições da olaria e também dos curtumes. E os bordados de Guimarães não foram esquecidos, estando presentes no linho que cobre os ombros e nas costas dos confrades.

A confraria Terras de Vimaranes surgiu a 13 de setembro de 2022, e constituída oficialmente cerca de um mês depois, a 10 de outubro, e surge para dar resposta à “necessidade premente de defender, divulgar e promover a autenticidade e qualidade da confeção de iguarias tradicionais identitárias da região de Guimarães, bem como da qualidade da gastronomia, das produções vinícolas e de todos os produtos autóctones que tem Guimarães por berço”, anunciou Mário Moreira, o presidente da primeira direção.

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Na sua intervenção, Carlos Caneja Amorim, presidente da Mesa da Assembleia Geral, destacou a importância da participação da sociedade civil na proteção e promoção da “riqueza material e imaterial” de Guimarães, e vincou a “energia, a pulsão afonsina, e a vontade de fazer acontecer” que Mário Moreira demonstrou ao longo de todo o processo de constituição da confraria.

Realçou ainda a qualidade dos vinhos produzidos em Guimarães e premiados nacional e internacionalmente e, perante os presentes, dirigindo-se sobretudo aos membros de outras confrarias, disse: “Não somos melhores do que ninguém, mas temos produtos diferenciados que gostávamos que Portugal, a Europa e o mundo conhecessem”.

Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura e Turismo do município, depois de felicitar os responsáveis pela criação desta associação, demonstrou a disponibilidade da Câmara de Guimarães em colaborar com a confraria nas suas atividades e no trabalho que se propõe desenvolver.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A cerimónia serviu de palco também para a homenagem, com a atribuição do titulo de “membro honorário” da confraria, a “Virinha da Casa Costinhas”, uma “figura importante e incontornável, quando falamos da preservação da doçaria conventual vimaranense”.

Após a cerimónia no Paço dos Duques de Bragança, os confrades percorreram, em cortejo, algumas ruas do centro histórico com os seus estandartes. Após subida à montanha de Penha, tendo a maioria utilizado o teleférico para essa deslocação, deu-se o almoço de confraternização numa unidade hoteleira local.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A despedida, durante a tarde, foi com danças e cantares, no Largo da Comissão, com a atuação do Rancho Folclórico de S. Torcato.

Mário Moreira, o primeiro presidente

Tendo sido o principal obreiro da criação da Confraria Terras de Vimaranes, Mário Moreira, chefe de cozinha, foi conduzido à presidência da direção para o triénio 2023-2026 no passado dia 22 de fevereiro.

A Direção da confraria Terras de Vimaranes conta com Vítor Matos, Paulo Monteiro, José Vitorino, Flávio Freitas, Palmira Dias, Tiago Oliveira, Bruno Silvério, e Romeu Martins como tesoureiro.

O Conselho Fiscal é composto por Joaquim Pereira, presidente, Arthur Carvalho, secretário, e Natália Maia como vogal.

Carlos Amorim é o presidente da Assembleia Geral, com os secretários Fernando Capela Miguel e Rui Guimarães.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

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