Terreno da cumieira da Penha classificado como agrícola: “É óbvio que isto não tem nada de rural”
Na passagem por Guimarães, os deputados do PSD visitaram a montanha da Penha para se associarem às comemorações dos 100 anos da estância turística.
Na passagem por Guimarães, os deputados do PSD visitaram a montanha da Penha para se associarem às comemorações dos 100 anos da estância turística. “É uma matéria que não é de interesse local, é de interesse nacional. A estância turística da Penha é algo importante para o país”, referiu André Coelho Lima ao Mais Guimarães.
Devido a uma alteração do Plano Diretor Municipal (PDM), que ocorreu por volta de 2016, o terreno da cumieira passou de área social urbana a ser classificado como agrícola. Esta situação impede que a Irmandade da Penha reabilite os edifícios já ali existentes, como o Hotel da Penha, que comemora, em 2029, 100 anos.
“Um hotel que tem 100 anos precisa de ser requalificado, não pode ser hotel se tiver 100 anos e não houver obras”, referiu o deputado vimaranense que considera de “difícil compreensão” aquilo ser uma reserva agrícola. “Mais difícil de compreender ainda é que essa alteração signifique o atar de pernas e mãos ao desenvolvimento de projetos na Penha”, destacou.
Explicando que não há o objetivo de construir nada novo mas de apenas poder requalificar o pré existente, André Coelho Lima frisa que “a Câmara tem que dar uma resposta muito clara: ou quer deixar o hotel cair, ou quer fazer a alteração que lhe compete apenas a si fazer”. Fazendo, por isso, referência à visita à Penha do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, diz ser “desagradável a Câmara assistir a membros do Governo e deputados da Assembleia da Repúblcia a terem declarações sobre algo que compete apenas à Câmara resolver”.
Roriz Mendes, juiz da Irmandade da Penha, crê que as causas que apresentam para nova alteração do PDM “são causas justas e de serviço à população” e acredita que “um debate público com as autoridades nacionais ou internacioanis seria sempre útil para fazer compreender a necessidade e urgência que é resolver estes problemas”.
“É óbvio que isto não tem nada de rural”, disse ao Mais Guimarães mostrando que “não se percebe como é que, de repente, se tranforma a comunidade da Penha”. Em causa está a requalificação dos edifícios de hotelaria e o Hotel da Penha e até já “está o projeto pronto e não deixam construir porque tem que sair das reservas ecológicas”.
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