Torneio de Retórica: Alunos do 11.º ano debatem temas da atualidade

Participam na iniciativa da Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense (ASMAV) cerca de 1.350 alunos que frequentam o 11º ano do ensino secundário, num total de 56 turmas.

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Em 2021, participam na iniciativa da Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense (ASMAV) cerca de 1.350 alunos que frequentam o 11º ano do ensino secundário, num total de 56 turmas. Apesar de esta ser a quarta edição do Torneio de Retórica, as duas primeiras fizeram-se há 25 anos e a terceira foi interrompida pela pandemia. Agora, o projeto envolve as escolas secundárias de Caldas das Taipas, Francisco de Holanda, Martins Sarmento e Santos Simões.

© Joana Meneses / Mais Guimarães

No Torneio de Retórica será trabalhada a capacidade de argumentação e retórica dos alunos sobre diversos temas da atualidade. Os temas são escolhidos pelos departamentos de filosofia das várias escolas e, depois, sorteados por cada grupo de debatentes. “São sorteados não só os temas, mas a posição relativa de cada turma relativamente aos temas”, frisa Francisco Teixeira, professor de filosofia da escola secundária Francisco de Holanda.

A primeira fase do projeto acontece a nível interno, em cada escola, entre janeiro e junho, através do processo de eliminatórias sucessivas. As quatro finais, uma de cada escola, ocorrerão no Teatro Jordão, que se espera ser inaugurado em breve. A segunda fase, a ocorrer em setembro e outubro de 2022, acontecerá entre as turmas vencedoras das quatro escolas, também no renovado espaço cultural vimaranense.

Para Francisco Teixeira, o Torneio de Retórica visa sobretudo “desenvolver capacidades argumentativas, retóricas de intervenção pública e habituar os jovens a tomar a palavra no espaço público”. Cada turma não vem defender a sua posição específica, mas sim o tema e a posição que saiu. Pode não corresponder à posição pessoal dos jovens, “o que corresponde a uma exigência suplementar de capacidades argumentativas”, explica Francisco Teixeira que garante que, com esta iniciativa, os alunos “ganham o hábito de tomarem a palavra em público. Um bem absolutamente essencial para a democracia”.

Este ano, o professor destaca “o enorme entusiasmo por parte dos alunos” que, acredita, pode estar relacionado “com esta necessidade de libertação dos constrangimentos da pandemia”.

O não às casas de banho mistas nas escolas foi, no debate da passada sexta-feira, 21 de janeiro, defendido por uma equipa que, ao Mais Guimarães, confessou não levar esta opinião para o seu dia a dia. “Querendo ou não, em alguns dos casos estamos a debater ideias que até concordamos, mas noutros casos somos totalmente opostos àquilo que defendemos. Ganhamos conhecimento geral, capacidade de argumentação e experiência”, disse Eduardo Costa. Marisa Cunha, da mesma equipa, explicou que a preparação para o debate “passou essencialmente por pesquisa, onde toda a turma ajudou”. Fizeram debates nas aulas de filosofia para se apresentarem “um pouco mais preparados” e não serem “apanhados de surpresa”.

Já Gabriela Barros defendeu o sim naquele debate. “Fomos procurando argumentos e contra-argumentos”, contou. O objetivo, disse era “debater e também ensinar, não só aprender, mas também ensinar aos outros o que isto é”. No futuro, diz, terá que estar habituada a defender uma tese e, por isso, “começar desde cedo a participar neste tipo de coisas, para além de “aumentar o à-vontade, melhora a forma de saber estar, saber falar e saber ajudar e ensinar os outros”.

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