Transição económica e digital vai ser apresentada ao Governo

Sete Projetos Colaborativos estão já avançados, diz a CMG.

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No Plano de Ação do Gabinete de Crise e da Transição Económica do Município de Guimarães há um conjunto de medidas de médio prazo com vista à transição económica e digital do tecido empresarial da região. Uma delas, os Projetos Colaborativos, está já em fase muito avançada e tem vindo a ser trabalhada com um conjunto de empresas e investigadores de referência, anuncia a Câmara Municipal em comunicado. Um documento com 64 páginas foi entregue ao Secretário de Estado da Economia, preparando uma reunião com o Ministro Siza Vieira, a decorrer brevemente, acrescenta o Município.

Foto: DR

O trabalho tem sido desenvolvido “com um conjunto de empresas e investigadores de referência, quer pela notoriedade e projetos de sucesso empresarial dos primeiros, quer pelo currículo académico e pela experiência de transferência de conhecimento dos centros de investigação para as empresas dos segundos”, lê-se no comunicado do Município.

O trabalho que desde o início tem vindo a ser desenvolvido, afirma a Câmara Municipal, traduziu-se, entre outras iniciativas, na produção de um documento de 64 páginas que descreve, projeto os projetos um a um, e avalia em pormenor todas as medidas que pretendem transformar processos e dinamizar novas soluções.

Segundo o Município informa as temáticas escolhidas vão de encontro a um conjunto de objetivos que têm por base a transformação do tecido empresarial da região, dando prioridade às tecnologias que viabilizam a transformação digital da produção, das cadeias de valor e dos modelos de negócio globais. “Paralelamente, procurou-se identificar temas tecnológicos capazes de incentivar a colaboração já existente entre instituições de ensino e de investigação, empresas e autarquia, mas que também pudessem constituir desafios de desenvolvimento científico e tecnológico, na capacitação de recursos humanos e na transferência de conhecimento para as empresas”.  

A internet das coisas, robótica, inteligência artificial, big data, comercio eletrónico, medicina regenerativa e de precisão, biotecnologia, mobilidade suave, agricultura ecológia, design, computação avançada, economia circular, racionalização energética e plataformas de educação à distância, são temas apontados como estruturantes neste comunicado.

Esta é uma iniciativa com coordenação geral a cargo do Gabinete de Crise e da Transição Económica do Município de Guimarães, Carlos Bernardo, ex-vice-reitor da UMinho, e Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da UMinhoe. Segundo o Município foram constituídas equipas especificas para cada um dos projetos, compostas por investigadores provenientes dos diversos centros de investigação parceiros e por diversas empresas e indústrias da região. “Criaram-se, através deste modelo, sinergias e pontos de contacto entre entidades que, de outra forma, não teria sido possível fomentar. A gestão técnica de cada um dos sete projetos cabe aos respetivos investigadores coordenadores, cujo trabalho se desenvolveu de acordo com as necessidades identificadas pelas empresas parceiras”, fica a saber-se.

O Município desvenda que cada um dos sete projetos apresenta uma matriz de objetivos comuns, assente em quatro grandes eixos orientadores:

1.     Estudar o impacto de tecnologias disruptivas em áreas estruturantes de negócio;

2.     Desenvolver soluções transversais que viabilizem a transformação produtiva das empresas;

3.     Prototipar inovação que possa ser transferível para diferentes negócios, capacitando as empresas para competir internacionalmente perante os novos desafios e oportunidades;

4.     Criar sinergias entre diferentes empresas para responder a oportunidades comerciais e tecnológicas transversais.

Segundo o comunicado da Câmara Municipal, foram estabelecidos os seguintes temas de projetos colaborativos: Fábrica do Futuro (automação e robotização, interface homem-máquina, fabrico aditivo, internet das coisas e cibersegurança); Logística Inteligente (digital analytics, rastreabilidade, gestão de fluxos, picking e expedição, automação e sustentabilidade logística); Dispositivos Médicos e Equipamentos de Proteção Individual (têxteis não-tecidos, revestimentos, eletrónica integrada e flexível e sensorização); Agricultura Segura e Sustentável (rastreabilidade, agricultura de precisão, embalagens biodegradáveis, economia circular, digitalização de processos e segurança alimentar); e-Commerce (integração e interoperabilidade entre ERP (Enterprise Resource Platforms) e e-C, gestão de fraude, inteligência artificial e data driven enterprises); Showroom Virtual Guimarães (realidade virtual, aumentada e mista e digital twins); Digitalização da herança cultural (digitalização, reconhecimento ótico de carateres e mecanismos de organização de conteúdos, baseadas em técnicas de inteligência artificial e text mining).

Os Projetos Colaborativos do Plano de Ação do Gabinete de Crise e da Transição Económica do Município de Guimarães envolvem a autarquia, duas instituições de saúde pública, duas instituições de ensino superior, uma fundação e uma biblioteca pública, 10 centros de investigação, oito investigadores e 18 empresas.

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