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Universidade de Bolso: O mundo a discutir a partir de Guimarães

Edição inaugural acontece entre 27 e 29 de maio no Centro Cultural Vila Flor.

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Dar a volta ao mundo em três dias vai ser possível, entre os dias 27 e 29 de maio, em Guimarães. “Universidade de Bolso” é um ciclo de conferências criado por João Sousa Cardoso e, na primeira edição, tem como mote “coabitação e novas temporalidades”. Ricardo Freitas, diretor executivo da Oficina, vê este evento como uma oportunidade para “pensar sobre o quotidiano”.

© Mais Guimarães

Ao longo de três dias, Guimarães será um “lugar de pensamento do século XXI, em que erudição, cultura popular, prática e intelectualidade convergem para uma experiência transgeográfica, transcultural e transistórica”. É assim que João Sousa Cardoso apresenta “Universidade de Bolso”.

João Sousa Cardoso parte do “problema” que é a universidade e o que é uma aula universitária. “Um encontro intelectual entre adultos para se pensar o tempo e a cidade. Um lugar que hoje está em transformação”, diz. “Universidade de Bolso” é, assim, “uma ideia para lidar com esse problema” e, ao mesmo tempo, é um evento contra o paradigma da alta especialização.

O artista e também professor universitário faz referência a Guimarães como sendo uma cidade que o “estimulou por ser fora de Lisboa e do Porto”. É aqui que, em três dias, acontecerá um “festival de pensamento” e se criará “uma comunidade efémera – estar em conjunto e criar cidadania”.

A cada edição, os participantes encontram‐se com os oradores: pensadores e artistas internacionais, relevantes do nosso tempo, convidados a proferirem uma aula publica; com os habitantes: dois residentes locais que testemunharão um itinerário pessoal e saberes com direito de cidade; e os observadores: dois convidados que acompanharão no terreno todo o programa e, no último dia, devolverão o seu olhar numa perspetiva participante, critica e propositiva sobre o trabalho desenvolvido. 

Françoise Vergès é intelectual, escritora e militante e tem desenvolvido um pensamento crítico sobre as relações entre anticapitalismo, ativismo feminista e decolonização. Vladimir Safatle é filósofo brasileiro, docente na Universidade de São Paulo e músico. Tem produzido reflexão sobre a construção política das subjetividades entre a filosofia, a crítica da cultura e a teoria psicanalítica. Mary Baxter, que também assina com o nome hip‐hop Isis Ta Saviola, é uma artivista norte‐americana que trabalha a relação entre o sistema institucional da justiça, a violência de estado e a comunidade afrodescendente nos Estados Unidos da América.

Os habitantes, Svitlana Baptista e Niranjan Sapkota, partilharão, num espaço por eles decidido, a sua experiência pessoal. Uma experiência de imigração da Ucrânia e do Nepal, respetivamente

Yvane Chapuis e António Guerreiro serão os observadores desta primeira edição, que contará ainda com um livro “que não só vai coligir ensaios inéditos dos convidados, como vai reunir documentação escrita e visual sobre estes três dias e ainda a revisão crítica e autocrítica”.

Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura e presidente da Oficina, reforçou a ideia de “Guimarães cidade universitária” e destacou a “necessidade de aprender e aprofundar”, colocando “dúvidas nas nossas certezas”. “Universidade de Bolso” será, acredita, uma oportunidade de pôr “o mundo a discutir a partir de Guimarães”.

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