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Vitrus: Prémio de desempenho “é injusto para os demais trabalhadores do perímetro municipal”

A Vitrus foi tema da reunião de Câmara desta quinta-feira, depois de ter sido dado um "prémio de desempenho" a alguns funcionários.

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A Vitrus foi tema da reunião de Câmara desta quinta-feira, depois de ter sido dado um “prémio de desempenho” a alguns funcionários.

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Bruno Fernandes, vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães (JpG), afirmou que o partido “não está contra – bem pelo contrário – que, na medida do possivel, todas as empresas – sejam elas públicas ou privadas – possam melhorar as condições dos seus trabalhdores”.

“Aquilo que está em cima da mesa é que o município tem mais do que uma empresa municipal”, referiu o vereador. A questão que levanta dúvidas ao partido “é se é correto e justo, e não legal, para os trabalhadores do município que uma única empresa municipal possa ter um critério distinto de retribuição aos seus trabalhadores”, explicou.

Fazendo referência a outras empresas e cooperativas de Guimarães, como a CASFIG, A Oficina ou a Tempo Livre, Bruno Fernandes naõ acredita que o prémio é injusto para os trabalhadores da Vitrus. Questiona, apenas, se “é injusto para os demais trabalhadores do perímetro municipal”, uma vez que todas “têm resultados excecionais” e “todos fazem um esforço”.

Na sua perspetiva, esta situação “releva que temos trabalhadores de primeira e de segunda para quem gere. Os trabalhadores são encarados de forma diferente em função da admnistração de cada uma das empresas”, terminou.

Por sua vez, Domingos Bragança lembrou que “o presidente da Câmara não é o presidente das empresas e das cooperativas”, uma vez que essas “têm presidentes e órgãos sociais e as pessoas que compõem os órgãos sociais não estão lá a fazer de conta, têm responsabilidades de gestão e dos atos de gestão”.

“Se as cooperativas e empresas se desviarem de todo do que são as políticas públicas do município, a Câmara intervem, só nesses casos, em que se note que há um desvio”, justificou o presidente da Câmara Municipal.

Para Domingos Bragança, “a Vitrus foi das empresas de topo que mais cresceu a nível nacional no conjunto das empresas públicas”, lembrou falando da importância de “motivar e criar espírito de equipa”.

“Dentro do equilíbrio financeiro – que é preciso que haja – e dentro do quadro legal, sou a favor de que se atribua prémio de mérito e de desempenho” frisou alertando para o facto de 90% dos trabalhadores da Vitrus ser mão de obra operária “cujo ordenado anda pelo ordenado mínimo”. Além disso, admitiu ainda que é a favor da atribuição de prémios de mérito aos colaboradores da Câmara Municipal, caso haja enquadramento legal para tal.

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