“Exigimos que Guimarães reconheça que o patriarcado está internalizado na nossa sociedade”

A 8M Guimarães pretende que as pessoas entendam que "Feminismo não é o contrário de machismo".

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“Não basta não ser machista, é preciso ser feminista”, é o mote da campanha lançada pela 8M Guimarães – Coligação feminista vimaranense, que surge “para que toda a cidade perceba a necessidade da educação para o feminismo, e, consequente condenação do machismo e da discriminação, seja ela de que tipo for”, pode ler-se no comunicado enviado à comunicação social.

© 8M Guimarães

Perante a “crescente onda de violência contra mulheres verificadas, nos últimos dias, em Guimarães, em concreto a existência de um violador em série, uma mulher atirada para fora de um carro em andamento, uma apreensão de armas em contexto de violência doméstica”, o coligação feminista 8M Guimarães, adianta “não pode deixar de se posicionar, pedindo a toda a sociedade vimaranense, principalmente aos homens, que entendam que este é um padrão, aliás, esta é a estrutura existente na nossa sociedade que torna a violência uma realidade diária para muitas mulheres”.

A 8M Guimarães pretende que as pessoas entendam que “Feminismo não é o contrário de machismo”. O contrário de machismo também existe, explicam, mas chama-se femismo, ou seja, “as pessoas femistas têm um comportamento ou uma linha de pensamento segundo a qual a mulher domina social e politicamente o homem e lhe nega os mesmos direitos e prerrogativas. Assim, o oposto do machismo chama-se femismo” e não feminismo.

Desta forma, “só o feminismo dá resposta à procura da mudança para uma sociedade mais justa, fraterna e onde todas as pessoas possam ser vista com igualdade e possam conviver em sã comunhão, vendo a sua dignidade humana plenamente respeitada”.

Perante os recentes casos tornados públicos em Guimarães, o movimento exige o alargamento da rede de casas de abrigo, o investimento na habitação social, bem como mais apoios – laborais, de saúde, económicos e sociais – para as mulheres e crianças vítimas de violência doméstica e o fim das penas suspensas e da impunidade dos agressores, bem como o uso mais frequente de medidas que imponham o seu afastamento e detenção.

E ainda, penas efetivas para os agressores de qualquer tipo de violência, deixando de haver atenuantes desadequadas, e a existência de gabinetes de apoio à denúncia do assédio nas universidades e locais de trabalho e sanções para as empresas que permitam o assédio moral e sexual.

Em suma, “perante este crescendo de violência machista, exigimos que Guimarães reconheça que o patriarcado está internalizado na nossa sociedade”, e, por isso, “exigimos uma política de consciencialização pública para o assédio, que torne socialmente claro que este coloca as meninas e mulheres em perigo, mesmo quando se tratam de micro-agressões aparentemente inofensivas e normalizadas, como o assobio ou o comentário sobre o corpo, para que todas as pessoas se tornem vigilantes e ativas na sua prevenção e censura social”, termina o manifesto da coligação feminista vimaranense.

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