“1911 – A Conspiração da Igualdade” sobe esta noite ao palco do Vila Flor

Francisco Teixeira, presidente da Associação Artística Vimaranense (ASMAV) assegura que as expetativas "mantêm-se muito boas" para a ópera “1911 – A Conspiração da Igualdade", que se realiza às 21h30 desta sexta-feira, dia 22 de dezembro, no Grande Auditório Francisca Abreu no Centro Cultural Vila Flor. O espetáculo contava já com mais de 500 bilhetes vendidos no início da semana.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Francisco Teixeira espera que o espetáculo “seja melhor que o primeiro”, apesar de a ópera “ser um espetáculo exigente para o qual não há muito hábito em Guimarães.” O presidente da associação conta que vêm muitas pessoas de fora da cidade berço assistir à ópera, nomeadamente de Braga, Porto e Leiria.

“Se fosse com estes resultados, já seria bom. O público é essencial, mas há coisas magníficas que se fazem sem pessoas. Apesar de queremos ter público, o resultado do produto artístico não é um trabalho meramente recreativo. Pretendemos que o espetáculo tenha uma dimensão artística, estética e cultural”, frisa o presidente da ASMAV.

O segundo momento da tetralogia, denominado de “1911 – A Conspiração da Igualdade”, retrata a desigualdade entre homens e mulheres e a luta pelo voto feminino na altura da Constituição de 1911.

Em termos históricos, o dirigente da associação conta que a ópera aborda a “mudança de regime em que se instaura um modo novo de viver em Portugal, mas em que as mulheres são afastadas do voto. Embora os republicanos tenham prometido à Liga Portuguesa das Mulheres Republicanas que as mulheres que soubessem ler e escrever iriam ter direito a voto, a verdade é que quando foi aprovada a lei eleitoral de 1913, as mulheres não tiveram esse direito.”

No meio desse momento, houveram muitas histórias e em particular a de Carolina Beatriz Ângelo, “que conseguiu sozinha, na eleição para a assembleia constituinte de 1911, aproveitar um furo e ser a única mulher a votar na primeira república. Isso constituiu uma inovação, um ato revolucionário e um marco para a luta pela igualdade e pelo sufrágio feminino”, explica o presidente.

Para Francisco Teixeira, representar este momento através de um espetáculo “é importante para se perceber que a constituição marca uma rutura na história de Portugal. Neste momento em especifico da história de Portugal, é impronte que as pessoas estejam alerta para a defesa dos seus direitos fundamentais.”

A ópera já estreou no dia 01 de dezembro no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal. Mas para o presidente da ASMAV, “cada encenação é um pouco diferente. Em Guimarães vamos ter a Orquestra do Norte, bem maior do que em Setúbal, o impacto estético e musical será maior”.

A primeira ópera, denominada de “Mau Tempo em Portugal”, que foi apresentada a 22 de julho no CCVF, representa o período em que foi criada a primeira constituição portuguesa.

Durante o próximo ano, decorrem as duas últimas óperas da tetralogia. A 18 de maio de 2024, no CCVF, realiza-se a ópera “1976 – A evolução dos cravos”. Por fim, a última ópera tem lugar a 14 de dezembro de 2024 e denomina-se “2030 – A Nova Ordem”.

 

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