“25 de Abril: uma Revolução em Perspectiva” apresentado em Riba D`Ave por Jerónimo de Sousa

A apresentação pública do livro “25 de Abril: uma Revolução em Perspectiva”, das Edições “Avante!”, deu-se no âmbito da iniciativa Roteiro do Livro Insubmisso, promovida pelo Partido Comunista Português, e decorreu no Teatro Narciso Ferreira, em Riba D´Ave.

© PCP

A moderação coube a Artur Sá da Costa, investigador da história local de Vila Nova de Famalicão, que recordou episódios das lutas travadas no concelho na oposição à ditadura fascista, e a conversa envolveu Jerónimo de Sousa e Rui Mota, das Edições “Avante!

Rui Mota afirmou que “o livro reflete sobre essa experiência maior da nossa história colectiva não com sacarina nostalgia mas com tudo o que ela carrega de ensinamentos que se projectam no futuro”.

“25 de Abril: uma Revolução em Perspectiva” trata-se de uma antologia de artigos publicados na revista O Militante ao longo dos anos, que se encontra organizada em três partes: “uma sobre os aspectos gerais da Revolução, no fundo os ensinamentos universais da experiência revolucionária; uma segunda parte que, partindo dos principais momentos da revolução, e passando pelas grandes conquistas de Abril e pela forte resistência popular à contra-revolução, aborda as mais diversas dimensões da nossa vida colectiva; e por último, uma terceira parte, cujos depoimentos pessoais que, no seu conjunto, nos fazem perceber como há “dias que se tingem de vermelho com risos e palavras inauditas”, como anuncia o poema de João Pedro Mésseder.

© PCP

Jerónimo de Sousa, um dos autores dos artigos do livro, considerou que este livro é “uma importante contribuição que, nestes tempos de comemoração do cinquentenário da Revolução de Abril, é de uma enorme utilidade, não apenas para aqueles que desejam aprofundar com verdade o conhecimento sobre a Revolução de Abril, mas para todos aqueles que assumindo a defesa da actualidade dos seus valores os tomam como referência para a construção de um Portugal de progresso e de futuro e não desarmam, nem abdicam, tal como nós, da defesa das suas conquistas e as assumem como ponto de partida para novos avanços, visando uma sociedade mais justa e mais fraterna”.

O membro do Comité Central do PCP referiu também que é “um livro importante para intervir no imediato e no combate político que aí está e que precisa da atenção e intervenção dos democratas e patriotas de Abril. Um combate, onde a mentira, a mistificação, o contrabando ideológico está presente, quer pela mão das diversas forças políticas da direita e da social-democracia, quer pela mão de uma certa historiografia, claramente parcial. Eles têm um claro objectivo: desmoralizar e abalar a confiança nas forças do progresso que a realizaram, diabolizando-as e desvalorizar as suas conquistas e os seus valores, visando particularmente os milhões de portugueses que, nascidos depois de Abril de 1974, não viveram a Revolução”.

Observando a situação actual, Jerónimo de Sousa afirmou que “o que é preciso é valorizar quem trabalha, quem produz a riqueza, quem põe o país e a economia a funcionar, quem trabalhou uma vida inteira. O governo PSD/CDS vai ensaiando uma estratégia de vitimização ao mesmo tempo que procura justificações para não cumprir com as promessas que fez a diversos sectores de trabalhadores, as propostas avançadas às forças de segurança e aos professores, são um exemplo disso mesmo. A luta será, como sempre foi, o factor determinante para condicionar a política do Governo. Também o reforço da influência do PCP e da CDU são não só necessários como insubstituíveis para a alternativa política que precisamos para que se cumpra Abril. E, não menosprezando dificuldades, é com grande confiança e determinação que encaramos as batalhas que temos pela frente, as múltiplas lutas, o combate à política de direita, os actos eleitorais, nomeadamente para o Parlamento Europeu”, concluiu Jerónimo de Sousa.

A iniciativa proporcionou um debate entre as pessoas que assistiam e os membros da mesa, no qual foram lembrados nomes de destacados anti-fascistas e democratas de Famalicão.

O Roteiro, este iniciativa, seguirá em junho para Esposende, com a apresentação do livro “Apontamentos sobre os Ataques Terroristas contra o PCP e os Comunistas no Alto Minho 1975/1976”.

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