“QUEREMOS TER UMA CIDADE A VIVER EM COMUNHÃO COM A NATUREZA”

Domingos Bragança falou hoje sobre as alterações climáticas e o papel das cidades.

alterações climáticas destaque

As alterações climáticas e o aquecimento global são cada vez mais notórios e a capacidade de as cidades se adaptarem para reduzir o impacto de catástrofes e acidentes é cada vez mais importante para o futuro. Este foi o mote para uma sessão organizada pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte, e que está a decorrer no Laboratório da Paisagem até ao final da tarde de hoje.

“A nossa missão é olhar para o presente mas, sobretudo para o futuro”. Foi desta forma que António Carlos, representante da Delegação Distrital de Braga da Ordem dos Engenheiros, abriu a sessão, dando conta da necessidade de se começar já a preparar os tempos que estão para vir. Para António Carlos, as alterações climáticas, aliadas à migração das populações (muitas vezes por acidentes em consequência das mesmas), e à tecnologia, vão provocar, em pouco tempo, “um tsunami” e os resultados da preparação das cidades, que estão previstos para “daqui a dez anos”, terão “impacto na população daqui a 30/40 anos”.

Domingos Bragança deu conta da intenção de Guimarães em “viver em comunhão com a natureza”, dando como exemplo a candidatura a Capital Verde Europeia. “Concorremos com as melhores cidades europeias e ficamos em quinto. No momento certo iremos voltar a tentar, daí estarmos a trabalhar na Estrutura de Missão 2030”, referiu o presidente do município. “Queremos ter uma cidade a viver em comunhão com a natureza. Fazemos parte dela e queremos uma cidade que tenha em conta as questões ambientais”, acrescentou ainda.

A ideia de uma sociedade alinhada com a natureza e não contra ela foi também corroborada pelo engenheiro Poça Martins, presidente do Conselho Diretivo da Região Norte da Ordem, que afirmou ver nestes problemas “uma excelente oportunidade para os engenheiros porem em prática soluções que só ainda não foram aplicadas, em grande escala, por causa dos custos”. “Estamos a ser confrontados com um problema que ameaça, destrói e mata e temos de ter uma engenharia a par da natureza e não contra ela”, disse ainda.

Aproveitando a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, Domingos Bragança assumiu ainda a pretensão de ter “mobilidade eléctrica nos transportes públicos”, não esquecendo também o transporte particular. “Precisamos de criatividade para resolver o problema dos carregamentos, precisamos que haja soluções de carregamento nos prédios, que permitam que isso seja feito durante a noite e precisamos de ter outras alternativas, a mobilidade suave, o andar a pé, a bicicleta…”, explicou.

José Mendes usou da palavra para dar a conhecer dois projetos a decorrer em Portugal e que pretendem travar “a trajetória de aquecimento global”: o Roteiro da Neutralidade Carbónica 2050 e o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) 2030. “Travar esta trajetória significa limitar, até ao final do século, o aumento da temperatura média até 02 graus e já estamos atrasados”, começou por referir. O Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade explicou que os dois projetos acabam por funcionar em combinado, sendo que um surge para complementar o outro.

“O Roteiro da Neutralidade Carbónica 2050 atua em segmentos como a energia, a agricultura, a floresta, a reciclagem e a mobilidade e a década-chave é a próxima, entre 2020 e 2030”, esclareceu, revelando que nesse sentido surgiu o PNEC 2030, já com objetivos delineados para essa década nas áreas da energia e do clima.

 

 

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