O instinto lidera as nossas ações e a irracionalidade invadiu as relações humanas

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesQuando escrevo este pequeno texto estamos já a dois dias do final de 2021. Acaba de me ser administrada a vacina da Pfizer, depois de há meio ano ter levado com uma dose da Janssen. Dizem-nos que este cocktail funciona, e nós acreditamos. A maioria acredita. A maioria está farta do covid-19 também!

Já não há pachorra para testes, vacinas, zaragatoas, isolamentos e restrições. Não há pachorra para olhares vesgos quando alguém tosse ou espirra, está simplesmente engripado, está sem máscara ou não tem à mão um teste negativo, feito na manhã desse dia. Não há mais paciência para o distanciamento a que fomos sujeitos nos últimos dois anos das nossas vidas.

Já ninguém sabe como era viver antes da covid-19. Cada vez que espreitamos um vídeo anterior a março de 2020, com mais de dois anos, achamos que aquela gente era louca, quando se amontoava e confraternizava alegremente, aos saltos, aos beijos e abraços a perder a conta. Gente louca essa que se achava e vivia livremente despreocupada!

Não sei se voltaremos a sentir-nos assim. Ninguém sabe!

Ao problema real da pandemia juntou-se o medo que nos bloqueia, nos coloca em alerta permanente, e nos leva a fechar-nos nas nossas casas, nas nossas vidas. Em vidas mais tristes e vazias. O outro tornou-se uma ameaça. O instinto lidera as nossas ações e a irracionalidade invadiu as relações humanas.

É doloroso ver onde chegamos, onde estamos.

Para 2022 o mais que posso desejar é que recuperemos alguma da liberdade perdida neste tempo. Que respiremos, que nos cuidemos, e vivamos mais.

A equipa Mais Guimarães deseja-lhe um feliz ano novo.

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