Sob o lema “Fazemos Parte da Memória”, a Câmara Municipal de Guimarães lançou uma campanha de revivificação das memórias da Capital Europeia da Cultura 2012. Dez anos depois, algumas das obras editadas no âmbito da CEC 2012 podem ser agora adquiridas no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), juntando-se a um conjunto alargado de publicações que estão há vários anos disponíveis.

Este conhecimento e partilha de histórias surge a partir das figuras mais relevantes de Guimarães ou dos seus vestígios históricos, sociais, artísticos, intelectuais e das memórias coletivas que agora passam a ser partilhadas através de publicações.

Para Paulo Lopes Silva, esta iniciativa permite “dar visibilidade” a algo que tem vindo a ser feito ao longo dos últimos 10 anos e, ao mesmo tempo, “desmistificar uma ideia, por vezes errada, de que a maior parte dos livros da capital desapareceu”.

O preço, diz, é “simbólico”, para que a “memória passe para casa das pessoas, que é onde eles fazem mais falta e é onde elas se perpetuam”. Qualquer pessoa pode adquirir os livros, individualmente, por dois euros. Levando um conjunto de 10 livros, o preço total é de 10 euros. Há ainda outros livros com descontos.

Marta Mestre, curadora do CIAJG, confirmou dizendo que a livraria do CIAJG é um espaço que querem “cada vez mais dinamizar”, uma vez que as livrarias dos museus “são sempre centros muito vivos e uma interface fácil para o público”.

O vereador da Cultura, acrescentou ainda que se trata de um “momento simbólico”, que permite assinalar os dez anos da CEC 2012. “Este ano não é um ano de festa, não é um ano de programas. É um ano de momentos de forte simbolismo e também um ano de refletir. Em janeiro, tivemos o décimo aniversário da cerimónia, em fevereiro, abrimos o teatro Jordão, e, este mês, temos este momento simbólico”, disse. 

A curadora deste espaço cultural adiantou ainda que, no próximo dia 10 de abril, o CIAJG, que também cumpre 10 anos em 2022, irá lançar sete catálogos “que, de certa forma, vão ao encontro dessa ideia da produção de conhecimento”.

As publicações estão ainda em exposição no espaço “Welcome Centre”, assim como no iPoint da Contextile, na rua Paio Galvão, onde estão algumas das obras resultantes das edições anteriores da Bienal de Arte Têxtil.