Câmara chumba proposta do PSD para apoio à compra de material escolar

Ricardo Araújo resume a posição adotada pelos socialistas como "uma falta de cultura democrática".

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A proposta do PSD para a atribuição de um vale no valor de 20 euros para apoio à compra de material escolar, a descontar no comércio local, foi chumbada na reunião do executivo municipal, esta quinta-feira.

© Mais Guimarães

“Sabemos que estes 20 euros não são, nem de longe nem de perto, aquilo que as famílias têm de investir em material escolar, mas é um contributo que me parece perfeitamente comportável no orçamento vimaranense”, explicou o líder da concelhia do partido, Ricardo Araújo, aquando da apresentação da proposta aos jornalistas.

A maioria socialista acabou por votar contra, com base nas “desigualdades económicas” provenientes dos rendimentos das famílias e no facto de considerarem que os apoios “devem ser concedidos a quem realmente necessita”, explicou Domingos Bragança.

O social-democrata lembrou que esse mesmo princípio, não é utilizado para “uma série de outros apoios que o partido socialista aprova neste mesmo executivo”. Exemplifica, para isso, a aprovação de atribuição de apoios para os livros de fichas para todos os alunos, há cerca de dois meses.

Resumindo a posição adotada pelos socialistas como “uma falta de cultura democrática”, o vereador da coligação Juntoas por Guimarães recordou ainda que algumas juntas de freguesia lideradas pelo PS já atribuem, há vários anos, material gratuito às crianças e jovens.

Adelina Pinto, vereadora da Educação, recordou que essa mesma proposta relacionada com os livros de fichas aconteceu quando o Governo começou a dar os manuais escolares a todas as famílias. “Achamos que devíamos ir de encontro aquilo que foi decidido pelo Governo, até porque os livros de fichas são complementares aos manuais escolares. Não fazia sentido o Governo dar os manuais escolares e o município fazer uma distinção entre os alunos do escalão A e os restantes”, explicou.

Além disto, relembrou ainda os apoios concedidos em “suplementos e reforços alimentares, transportes para visitas de estudo, atividades gratuitas”, entre outras iniciativas.

“A nossa política de educativa não se compadece com dar 20 euros. Pelo contrário, pensamos ao longo do ano como é que estruturamos o nosso trabalho, tendo em conta que todos os alunos têm os mesmos direitos”, acrescentou a vice-presidente da Câmara Municipal.

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