Rosinha animou tarde de utentes de lar de Guimarães
Antes de animar os estudantes da academia minhota, contou com um público muito especial no seu ensaio no Multiusos de Guimarães.

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A cantora Rosinha marcou presença na Receção ao Caloiro da Universidade do Minho na noite de quarta-feira, 12 de outubro. Porém, antes de animar os estudantes da academia minhota, contou com um público muito especial no seu ensaio no Multiusos de Guimarães.

Tratou-se do Dia da Beneficiência, uma atividade que é comum a todos os eventos recreativos da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho). Desta vez, foram os utentes do lar de São Francisco que tiveram a oportunidade de visitar o recinto, realizar algumas atividades e ter um contacto com um artista, neste caso, a cantora Rosinha.
Mariana Monteiro, vice presidente do departamento de Social da AAUMinho, justifica a escolha da artista “pela simpatia e empatia que demonstra”.
A tarde iniciou com um icebreaker, para todos se ficarem a conhecer. “Perguntamos o que é que eles se relembravam dos tempos de adolescência e de como viveram a juventude”, explicou Mariana Monteiro lembrando que, com Rosinha, dançaram e cantaram as suas músicas.
O balanço é positivo e a estudante garante que “os idosos gostaram bastante, até porque foi uma experiência nova para eles. Muitos nunca tinham conhecido um artista e gostaram muito de vir ao recinto. Queriam ficar mais tempo”.
Em conversa com a Mais Guimarães, Rosinha realçou que, se não trabalhasse na música, “havia duas profissões que gostaria de ter: trabalhar com idosos ou com animais” e garantiu que “ter estado com os idosos trouxe mais alegria” do que a AAUMinho pensava quando a contactou. “Têm tanta coisa para ensinar. Nós é que achamos que já sabemos tudo, que já vivemos tudo, que sabemos como é que funciona tudo”, disse.
“Com a idade começamos a perceber que chegamos lá num instante, mas quando eu tinha 20 ou 30 anos, pensava exatamente a mesma coisa em relação aos idosos”, lembrou. “Sempre gostei de pessoas idosas e cedo apercebi-me que, se uma criança cai, há dez pessoas para a ajudar – e é preciso e são de louvar -, mas se um idoso cair há de haver uma e leva o seu tempo a chegar ali”, explicou Rosinha.
“Há uma chamada de atenção menor para os idosos do que para as crianças”, alertou referindo os cuidadores. “Normalmente, as pessoas, quando olham para ti, só veem o vinho que tu bebeste, não os tombos que deste. Estás ali com o teu sorriso, feliz. E tu provavelmente não dormiste porque estiveste a cuidar de uma pessoa e ela esteve com problemas. Não dormiste, mas tinhas aquele compromisso àquela hora, mas tinhas de estar ali e estás, com o teu melhor sorriso”, terminou.