O emblema de Moreira de Cónegos, como diz o hino escrito por Dino Freitas, “nasceu pequenino, mas valente, pelo bem e contra o mal, ganhou asas, voou alto e foi em frente, hoje é grande em Portugal”.

O Moreirense celebra nesta terça-feira, dia 01 de novembro, o seu 84º aniversário.

Apesar de disputar a Liga 2, após oito anos seguidos na elite nacional, os cónegos estão bem encaminhados para regressar ao principal escalão, dispondo de uma vantagem considerável para a concorrência.

A conquista da Taça da Liga, em 2016/2017, com Augusto Inácio no comando técnico, continua a ser o grande troféu do Moreirense que, ao longo da sua vida, foi campeão nacional da segunda divisão B (1994/1995) e vencedor da zona norte na época 2000/2001.

Foi ainda campeão da segunda Liga em 2001/2002 e em 2013/2014.

Álvaro Almeida e António Pinheiro da Rocha são os principais responsáveis pelo nascimento do Moreirense. Descritos como pessoas entusiastas da modalidade, lançaram-se num projeto ambicioso, decidindo a constituição de um clube com jogadores capazes de discutir títulos.

Álvaro Almeida foi o primeiro presidente da direção, mas quem assumiu na prática a organização dos jogos foi António Pinheiro da Rocha, homem com grande paixão pelo futebol.

Álvaro Almeida e António Pinheiro da Rocha sonharam e receberam o apoio estimulante de Francisco Félix, principal sócio-gerente da Cuca, também ele com ligações bem vincadas ao futebol, já que por ser natural e residente na cidade do Porto, integrava órgãos sociais do Boavista Futebol Clube. Um fator que ajuda a perceber o xadrez dos equipamentos.

O campo de Fermiz, inaugurado em abril de 1939, foi o local dos primeiros jogos oficiais do Moreirense na Associação de Futebol de Braga, na época 1939/40.

Financeiramente e sob a gestão de Vítor Magalhães, responsável pelos maiores sucessos desportivos, o emblema de Moreira de Cónegos está bem e recomenda-se.

Recentemente, os associados aprovaram, por maioria, o relatório e contas da temporada passada, registando-se um lucro de 1 milhão e 456 mil euros.

A construção da Vila Desportiva engrandeceu o clube e, embora o projeto ainda esteja em desenvolvimento, o espaço já conta com dois campos relvados com 18 mil m², servindo de local de treino do plantel principal do Moreirense.

Terminado o projeto, a Vila Desportiva terá um total quatro campos de futebol, sendo um deles sintético, destinado ao futebol juvenil, e um edifício com 20 quartos.

Além de proporcionar melhores condições de trabalho à formação sénior, o espaço também será utilizado pelas equipas de formação, que têm crescido substancialmente ao longo dos últimos anos.

Apesar de as equipas de juniores, juvenis e iniciados terem descido aos distritais, devido a uma decisão judicial de setembro de 2018 do Tribunal da Feira, num processo de corrupção desportiva, os cónegos continuam a ser um emblema apelativo para os jovens jogadores.

Na semana passada, Moreirense e Salgueiral, SARC acertaram uma parceria ao nível das Escolinhas de Futebol. “O acordo advém da grande comunhão de valores e princípios que regem ambas as instituições, que olham para a formação de atletas de uma forma integrada”, pode ler-se, em comunicado.

“Empatia, respeito, humildade e educação são valores humanos nos quais nos identificamos e que orientam a nossa conduta. Neste acordo, sempre respeitaremos a identidade de cada instituição, trabalhando em prol do desenvolvimento dos atletas, mantendo a solidariedade sempre presente”, acrescentam na mesma nota.

O ano de 2022 marca o regresso do futebol sénior feminino ao clube. Sob a liderança de Fernando Fernandes, as cónegas prometem agitar o clube. No campeonato nacional da terceira divisão, o Moreirense soma duas vitórias e uma derrota. Na Taça de Portugal, já eliminaram o Polvoreira e o Oliveira do Douro.