“Os Gigantes da Montanha”: Depois de duas casas cheias, espetáculo é novamente apresentado hoje e amanhã

A lotação estará limitada a 100 pessoas.

Gigante da montanha

A peça “Os Gigantes da Montanha” é apresentada na sede da ASMAV, situada na Rua Gil Vicente, esta sexta-feira e sábado, 25 e 26 de novembro, pelas 21h00. São estas as duas últimas apresentações do espetáculo, depois das primeiras exibições esta quarta e quinta-feira. A lotação estará limitada a 100 pessoas em cada uma das noites.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A peça “Os Gigantes da Montanha” tem texto de Luigi Pirandello, com adaptação, dramaturgia e encenação de Moncho Rodríguez e produção da ASMAV – Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense.

A apresentação desta peça em Guimarães surge na sequência da reencenação na cidade-berço, 28 anos depois e no mesmo local, da “Grande Serpente”, no passado mês de julho, momento que marcou o regresso a Guimarães, a convite da ASMAV, do reconhecido encenador galego.

Assim, nos “Os Gigantes da Montanha” participam alguns dos atores que também estiveram na “A Grande Serpente”, e outros, que entretanto se juntaram, anunciou Moncho Rodriguez na conferência de imprensa de apresentação do espetáculo.

Para Francisco Teixeira, presidente da Direção da ASMAV, este espetáculo tem condições para ser “realmente impactante, para ser um espetáculo de afirmação deste espaço (sede da ASMAV) como especialmente qualificado para o teatro como produção artística e estética de primeira ordem, fora dos espaços institucionais e mais mainstream do concelho e do país”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

O dirigente quer que as pessoas, “de Guimarães ou que venham até nós, saibam que há mais Guimarães para além das centralidades habituais”.

Guimarães tem, segundo Francisco Teixeira, “necessidade de mais diversidade artística, mais diversidade estética, mais diversidade cívica, que seja suscetível de pôr as pessoas a criar e a participar de modo mais diferenciado. Mais suscetível de mudar os olhares habituais, criando olhares novos”, disse o dirigente.

Ainda segundo o presidente da ASMAV, “os olhares institucionais são importantes, porque criam condições materiais, económicas, físicas, para que as coisas possam ocorrer. Mas tem, por vezes, mecanismos de cristalização que os espaços que não são simplesmente institucionais não têm”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Moncho Rodriguez, o encenador, também presente na apresentação da peça “Os Gigantes da Montanha”, deixou criticas à forma como Guimarães construiu “equipamentos fantásticos” nas últimas décadas, mas não envolveu devidamente os criadores locais, os atores, as pessoas.

“Há uns trinta anos surgiram bons atores e bons artistas, que singraram. Caminharam e parece que se foram de Guimarães”, afirmou.

O encenador galego disse sentir ter regressado a Guimarães como “provocador” e, dessa forma, quer “contribuir para que a provocação possa mexer com as pessoas e para a renovação da sua relação com a arte, com a cidade, e a comunidade”.

Moncho diz ser “necessário agitarmos, mexer nesta calmaria para que possamos produzir futuro”.

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