Os gigantes do teatro subiram a montanha

Por Eliseu Sampaio.

Eliseu sampaio

Por Eliseu Sampaio,
Diretor do grupo Mais GuimarãesCom encenação e dramaturgia de Moncho Rodriguez, baseada num texto original de Luigi Pirandello, e com a produção a cargo da ASMAV – Associação Artística Vimaranense, foi apresentada na semana passada em Guimarães, em quatro sessões, a peça “Os Gigantes da Montanha”.

Entre quinta-feira e sábado, 400 pessoas, apenas 100 por sessão, sentiram o teatro na sua expressão mais pura.

Os gigantes da Montanha foi genuinamente apresentado por “amantes do teatro”, como Moncho Rodriguez os apresentou, os atores mais ou menos experientes que ali vincaram o seu ardente desejo de partilha. Para além do amor à arte, partilharam com o público, presente e envolvido, a inquietação de assistirem ao claudicar do teatro da forma como ali foi vivido, que não cabe nas fuscas caixas que se elevaram e que os comuns programadores culturais usam incessantemente, levados pela corrente dos dias, e das marés.

Houve comunhão do espaço, entre atores e publico, misturando agentes que nunca deveriam ter sido separados, e lembrou-se a importância do envolvimento de todos. A arte, feita para o umbigo, não é coisa alguma. A arte, o teatro, que tem essa capacidade de transformar vidas e ideias, tem de voltar a subir aos palcos e aí permanecer, inquieta.

Volto aos atores para destacar a entrega, a energia, a alegria com que desempenharam os seus papeis. E o brilhos nos olhos. Lembro também o público, que ali permaneceu atento, participante, e dali saiu com novas perspetivas, e desassossegado.

Parabéns a todos. Parabéns à ASMAV por ter reunido as condições para que esta apresentação acontecesse em Guimarães, e por oferecer à cidade um “novo espaço” onde coisas bonitas como estas podem acontecer.

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