Guimarães Project Room encerra 2022 com duas exposições
Projeto pretende conhecer, mapear e apresentar os criadores de artes plásticas, visuais e novos media que produzam em afinidade com Guimarães.

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O Guimarães Project Room encerra com duas exposições, uma no museu de Alberto Sampaio e outra no Palacete Santiago. Pretende conhecer, mapear e apresentar os criadores de artes plásticas, visuais e novos media que produzam em afinidade com Guimarães.

A 9 de dezembro, pelas 21h30, no museu de Alberto Sampaio, João do Vale apresenta The Outsider (First Days in the New World). No claustro e numa das salas do museu, percebe-se o ruído do tempo a soar nas telas e desenhos de João do Vale, nesse início transfigurado: o primeiro dia do Novo Mundo.
A recolha de imagens, presentes nesta exposição, são autorretratos indiretos, vidências identitárias. “Situam-se, ou pelo menos parecem derivar, intencionalmente, de uma zona inominável do eu, entre a impercetível música das esferas (estética pitagórica) e a heterogeneidade dos silêncios – que, lembre-se, são muito mais do que sonoros. Os silêncios comprometem-se nas visões emergentes; plasmam-se na conceitualidade que subjaz nas obras do pintor vimaranense”, lê-se na apresentação do projeto.

Pedro Cunha, uma semana depois, a 17 de dezembro, apresenta “Ensaio sobre a experiência de ser inútil”, às 15h30, no Palacete Santiago.
Vítimas daquele delírio que afirma que “cada indivíduo é único”, “permanecemos numa luta quotidiana enganadora pela descoberta de um objetivo, de uma verdade, de uma origem ou de um fim, de uma luz; de uma resposta – e a resposta apenas ecoa a pergunta; a pergunta que originou a luta, e a luta que originou a resposta”, escreve o autor da peça. “Obrigados a acordar ou a permanecer embalados por este ciclo, somos confrontados com os limites da nossa própria razão”.